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Polícia Federal faz operação para combater fraudes no pagamento do Seguro Defeso no Tocantins

Agentes da Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta-feira (26) o total de 19 mandados de busca e apreensão em uma operação para combater fraudes no pagamento do benefício Seguro Defeso em Palmas. A estimativa é de que foram feitos R$ 800 mil em pagamentos irregulares. A ação foi chamada de Operação Traíra.

São 85 agentes federais cumprindo os mandados expedidos pela 4ª Vara da Justiça Federal no Tocantins. Todas as buscas estão sendo cumpridas em Palmas.

Seguro Defeso é um benefício pago às pessoas que vivem da pesca. Para que o pescador tenha direito de receber é necessário que ele exerça sua atividade de forma ininterrupta, durante o período de 12 meses anteriores ao período em que a pesca é proibida. Além disso, o beneficiário não pode dispor de outra fonte de renda, conforme a lei.

Só que as investigações da PF apontaram que o benefício vinha sendo alvo de fraudes em Palmas. Estima-se um prejuízo de mais de R$ 800 mil somente em relação a 38 beneficiários que tiveram os dados analisados até o momento. A polícia afirma que o número pode ser ainda maior, pois 230 pessoas recebem o benefício anualmente na capital.

Segundo a polícia, a fraude acontecia quando pessoas que possuem outras atividades comerciais se associam em uma entidade de pescadores de Palmas para obter o Registro Geral da Atividade Pesqueira – RGP junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Depois disso, mesmo sem exercer a pesca como única ocupação, os suspeitos obtinham guias de pescados junto a essa associação como se tivessem pescado de forma ininterrupta durante os doze meses anteriores. Com isso se habilitavam para receber o Seguro Defeso junto ao INSS nos meses de novembro a março, durante a piracema.

A PF informou que investiga os suspeitos de fraudes e as pessoas responsáveis pelas entidades dos pescadores. Os investigados poderão responder por associação criminosa e estelionato majorado, cujas penas somadas podem chegar a nove anos e meio de reclusão.

O nome da operação faz referência ao peixe Traíra, um dos peixes mais populares do Brasil, presente em quase todos os açudes, lagos, lagoas e rios. De acordo com a PF, na linguagem popular “traíra” é a pessoa que trai e engana.

Fonte: G1 Tocantins