Por questionamento do MP, instituto desiste de fornecer UTI Covid ao SUS em Araguaína
Araguaína deu um passo para trás na contratualização de novos leitos de UTI exclusivos para tratamento de pacientes graves de covid-19. Nesta segunda-feira (29), a Secretaria de Estado da Saúde recebeu um ofício em que o Instituto Sinai comunica que não tem mais interesse na prestação de serviços de UTI para enfretamento da pandemia.
O Instituto Sinai é uma unidade da rede particular de saúde e disponibilizaria 20 leitos de UTI por meio do SUS, através de contrato firmado com o Governo do Estado.
Contudo, um questionamento feito pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO) levou a direção do instituto a desistir do contrato. O promotor Saulo Vinhal Costa, da 5ª Promotoria de Justiça de Araguaína, defende que o Estado esgote todas as possibilidades de ampliação do número de leitos na rede pública de saúde antes de fazer contratação junto à rede privada.
“Para não haver qualquer tipo de dissabor ou comentários infundados de qualquer natureza acerca da idoneidade do Instituto Sinai, entendemos como o mais prudente, nesse momento, não ofertar ao poder público leitos de Unidade de Terapia Intensiva ao combate do Covid-19, na cidade de Araguaína, até que todo o imbróglio seja sanado”, diz no ofício o diretor José Antonio Fragoso Borges Filho.
AMPLIAÇÃO NO HDT E HRA
O proposta do governo era abrir mais 8 leitos de UTI Covid no Hospital Regional de Araguaína (HRA), mas a escassez de profissionais da saúde, sobretudo de médicos, tem dificultado a ampliação. Já no Hospital de Doenças Tropicais (HDT/UFT), a abertura de novos leitos necessitaria de ampliação da estrutura física. Diante desse cenário, o Governo decidiu publicar edital para credenciamento de hospitais e clínicas particulares.
Naquela ocasião, o Instituto Sinai informou que estavam em fase de implantação 20 leitos de UTI e demonstrou interesse no credenciamento. Com o questionamento do MPTO, o instituto recuou para evitar danos à sua imagem.
Araguaína já confirmou 3.792 casos de covid-19 e 55 mortes desde o início da pandemia.