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Prefeito afastado durante operação da PF afirma estar tranquilo: ‘a verdade virá à tona’

Afastado do cargo por suspeita de receber propina de uma empresa que atua no transporte escolar, o prefeito de Cristalândia do Tocantins, Cleiton Cantuário (DEM), disse estar tranquilo em relação à investigação da Polícia Federal que apura fraude e direcionamento de licitação.

A Operação Direct foi deflagrada na última quarta-feira (5) e afastou também o prefeito de Peixe, José Augusto (DEM), por decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).

Cleiton Batatinha, como é conhecido, disse que sua assessoria jurídica está buscando o esclarecimento dos fatos e está tranquilo em relação à lisura do processo. “Estamos contribuindo com as investigações e os fatos devem ser esclarecidos nos próximos dias”, disse Batatinha.

Segundo o prefeito, todas as ações realizadas junto à prefeitura são feitas com o objetivo de evitar ilegalidades.

“A gestão tem atuado e, por isso, temos conseguido executar o trabalho de forma coesa, o que tem garantido a melhoria da vida da população”, ressaltou. Ele acrescentou que seus advogados estão recorrendo da decisão que o afastou do cargo.

“Em breve, a verdade virá à tona e nós continuaremos a realizar um trabalho em prol da população de Cristalândia”, finalizou.

ENTENDA

O TRF1, em Brasília, determinou o afastamento da função pública dos prefeitos de Cristalândia, Cleiton Cantuário Batatinha, e de Peixe, José Augusto Bezerra Lopes, ambos do DEM.

Os gestores são suspeitos de receberem propina de uma empresa que presta serviços de transporte escolar nos municípios desde 2017. A Polícia Federal cumpriu 9 mandados de busca e apreensão nas cidades de Aliança, Peixe e Cristalândia.

Também foi determinado o afastamento do cargo de um servidor público que atua como chefe de licitações. A justiça ainda decretou a prisão de um empresário que mora em Aliança do Tocantins que teria vencido a licitação mediante fraude e direcionamento. A investigação apontou ainda que a empresa contratada pelas prefeituras seria de fachada, pois não tinha nenhum funcionário. Os contratos investigados somam mais de R$ 13 milhões.

Conforme a PF, o empresário realizava depósitos e transferências de valores para os prefeitos, no mesmo período em que ocorreram as contratações.

Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, desvio de verbas públicas, corrupção ativa, corrupção passiva e associação criminosa, cujas penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

Fonte: AF Noticias