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Presidente denuncia suposto golpe no transporte coletivo e diz que prefeito de Araguaína armou com empresário a queda da Cooperlota

A57432c624a20eDepois de ter todas as vans apreendidas por não pagamento do financiamento, a Cooperativa dos Transportadores Autônomos de Passageiros (Cooperlota) de Araguaína, através do seu atual presidente, José Roberto Nascimento, afirma que sofreu um golpe da empresa Dot Flex, responsável pela bilhetagem eletrônica nas vans e acusa o prefeito Ronaldo Dimas (PR) e Gustavo Fidalgo, presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (AMTT), de serem coniventes com o suposto esquema.

A prefeitura está participando de um esquema ilegal por trás da gestão de recursos arrecadados através da bilhetagem eletrônica que era executada nas vans da Cooperlota”, foi com essa afirmação que começou a entrevista do presidente da cooperativa ao Portal O Norte.

De acordo com José Roberto Nascimento, Ronaldo Dimas é totalmente relacionado com o dono da empresa Dot Flex: “Paulinho da Dot Flex é amigo pessoal do prefeito e é esta empresa que eles querem colocar pra atuar na nova gestão do transporte coletivo”, afirma Nascimento.

O presidente da AMTT, Paulinho da Dotflex e o prefeito Ronaldo, os três estão fazendo com que a cooperativa afunde”, denuncia o presidente afirmando que a Dot Flex captava todo o dinheiro da cooperativa que passava pela bilhetagem eletrônica, tecnologia oferecida aos passageiros para pagar a passagem através do “TicPass” e que a empresa ficou responsável por pagar as parcelas do financiamento ao banco: “Só que não pagou e a dívida virou uma bola de neve ao ponto de resultar na busca e apreensão dos veículos”, disse.

Nascimento afirma que quando a cooperativa ameaçou reincidir o contrato com a Dot Flex ao invés de ter o apoio da prefeitura, foi notificada a reinstalar os aparelhos nas vans. “Com isso, a AMTT mostrou que está superprotegendo a empresa do amigo do prefeito”, disse.

O presidente da Cooperlota culpou a Dot Flex pela crise enfrentada na cooperativa: “Ela gerenciava os recursos financeiros, ela quem deveria pagar o financiamento, se estivesse cumprindo com sua obrigação nada disso teria acontecido”, disse Nascimento.

Diante disso, a cooperativa afirma que decidiu entrar com medidas judiciais para reverter a situação: “Requer tempo, mas todos nós temos a ciência de que sofremos um golpe”, concluiu.

(Portal O Norte)