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Procuradora-geral de Justiça recomenda que promotores exijam fiscalização em estabelecimentos voltados ao entretenimento no Tocantins

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Os promotores de Justiça do Ministério Público do Tocantins (MPE) deverão exigir dos órgãos competentes (Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e prefeituras municipais) que realizem a fiscalização dos estabelecimentos públicos e privados destinados à diversão noturna e entretenimento com a finalidade de garantir a segurança dos frequentadores. Este foi o teor da recomendação expedida na tarde dessa segunda-feira, 28, pela procuradora-geral de Justiça, Vera Nilva Álvares da Rocha Lira.

A recomendação foi feita nessa segunda-feira, 28, um dia após o trágico incêndio ocorrido na boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. A tragédia deixou 231 mortos, 118 pacientes internados, sendo 20 com queimaduras graves e que compõem um grupo de 75 pessoas em estado crítico, com risco de morte.

Nessa segunda-feira, o diretor do serviço técnico do Corpo de Bombeiros, major Peterson Ornelas, afirmou ao CT que é comum o descumprimento das normas de segurança em Palmas por casas de shows, igrejas, auditórios e outros estabelecimentos.

Segundo ele, as pessoas dão entrada em um projeto para ser aprovado pelo Corpo de Bombeiros. “Quando fazem e tem os projetos indeferidos, preferem colocar em funcionamento a edificação que procurar a corporação para realizar as adequações necessárias. É preciso nos deslocarmos até a obra e notificar”, explicou o major, enfatizando que é preciso que haja projetos para edificações. “Quando um projeto é aprovado, os proprietários solicitam uma vistoria e, se tudo estiver dentro das exigências, nós liberamos o certificado de conformidade”, disse.

A recomendação do MPE atinge os promotores com atuação na Defesa do Consumidor, da Criança e do Adolescente e na Defesa do Meio Ambiente e Urbanismo.

Além de cobrar a fiscalização, os membros devem exigir também que seja usado poder de polícia dos órgãos de fiscalização contra aqueles estabelecimentos irregulares, aplicando-lhes sanções pertinentes, inclusive promovendo a interdição do local.

A orientação é que sejam inspecionados também os batalhões e companhias de Corpo de Bombeiros, observando se os mesmos encontram-se devidamente aparelhados para atender às situações normais e emergenciais. (Com informações do Ministério Público Esadual).

(Cleber Toledo)