Professor ingressa com ação na justiça para suspender aulas presenciais em Araguaína
Tramita na 1ª Vara da Fazenda de Registros Púbicos uma ação popular que requer a imediata suspensão da portaria que autorizou o retorno das aulas presenciais na rede pública e particular de ensino em Araguaína (TO).
A ação foi proposta pelo professor e advogado Rubens Araújo. Ele cita que Araguaína “figura no topo dos municípios com maior número de casos confirmados” no Tocantins; ressalta também o risco de contaminação nas escolas, o atual cenário da segunda onda da covid-19 no Brasil e ainda a possibilidade de haver uma terceira.
“A decisão de autorizar o retorno as aulas das redes pública e privada é uma sentença de morte neste momento de segunda onda da pandemia”, afirma o professor na ação.
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Rubens Araújo também cita que o número de mortes por covid-19 voltou a crescer no Brasil neste início de 2021 e o Tocantins continua registrando mortes pela doença todos os dias, além da falta de vacinação dos profissionais da educação.
Para o professor, a flexibilização com a retomada das aulas vai na contramão das medidas preventivas. “Isso significa que arriscar a saúde para a retomada das aulas presenciais, em locais onde a transmissão do vírus é intensa, sem vacinação dos profissionais da educação, pode gerar um aumento do número de contaminados e de mortos pelo vírus”, afirma.
Ao AF Notícias, o professor afirmou ser favorável ao retorno das aulas somente de forma remota no atual momento. “De forma presencial, as aulas deverão voltar somente após a imunização de todos, através da vacina”, frisa.
Ele ainda lembra a morte do professor de história João Luiz de Souza Rocha, da Escola de Tempo Integral Padre Josimo Tavares, em razão das complicações da covid-19 em Palmas na terça-feira (16) e questiona: “O que adianta ter a educação e não ter a vida”?
SINTET TAMBÉM É CONTRA
Em âmbito estadual, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado, o Sintet, também teceu críticas ao retorno das aulas presenciais e também classificou a autorização como uma ‘sentença de morte’.
Na ocasião, o Sintet afirmou que tomaria “todas as medidas possíveis” e não descartou a possibilidade de uma greve geral.
O DECRETO
No Tocantins, o Governo do Estado autorizou a retomada das aulas presenciais a partir do dia 08 de fevereiro através do Decreto nº 6.211, que foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) na edição do dia 29 de janeiro.
Após a data prevista, os municípios começaram a retomar as atividades presenciais, inclusive Araguaína.
Fonte: AF Noticias