Professores fazem protesto contra ‘projeto da maldade’ e denunciam perseguição em Lajeado
Os profissionais da rede municipal de educação de Lajeado (TO) realizaram, nesta terça-feira (08), uma paralisação das atividades escolares em protesto contra a atual gestão do prefeito Júnior Bandeira.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet) Regional de Miracema, Iata Anderson Vilarinho, defendeu a classe. “Não vamos aceitar perseguição nem a retirada de nossos direitos“, disse.
Os professores da rede municipal estão lutando para que suas reivindicações sejam atendidas, entre elas, o pagamento do reajuste na carreira dos professores e valorização da carreira.
Segundo o sindicato, o prefeito “quer acabar com a carreira e a valorização dos professores” através de um projeto de lei que revoga a Lei Municipal n° 02/2009 e acarreta perdas de garantias.
O Sintet também afirma que a categoria ainda enfrenta assédio e perseguição de professores no local de trabalho.
Ainda segundo Iata Anderson, em acordo firmado com a gestão, foram implementados 10% de reajuste no salário na folha de outubro, 2% no salário de novembro e o restante está previsto para fevereiro de 2023, a fim de completar os 33,24% do reajuste do piso referente ao ano de 2022. “O prefeito estaria usando a matéria do reajuste para revogar a tabela de 2009 e implantar outra sem discutir a mudança com a categoria”, denunciou Iata Anderson.
Mais de 35 professores efetivos aderiram à paralisação realizada nesta terça, de um total de 56 professores da rede municipal, que possui mais de 700 alunos.
Devido à paralisação, a Secretaria Municipal de Educação convocou todo o administrativo para ficar com os alunos que foram para as escolas. A rede de ensino de Lajeado conta com três unidades: a Escola JK, localizada na comunidade Pedreira; a Escola Sebastião de Sales Monteiro e uma creche.
Na noite desta terça-feira, os professores vão apreciar a sessão na Câmara de Vereadores para acompanhar se o projeto de lei que busca revogar a lei nº 02/2009 vai para votação. O objetivo da categoria é impedir que o projeto seja aprovado no formato que foi enviado pelo Executivo.