Quatro meses sem Laura: família mantêm esperança e cobra a polícia
Quatro meses se passaram desde que Laura Vitória, de 9 anos, desapareceu na região sul de Palmas. Os parentes reclamam que a polícia não passa nenhuma informação e temem que o caso caia no esquecimento. Laura sumiu no dia 9 de janeiro.
“A gente quer saber o motivo de o delegado não dar notícias. A última informação que tivemos é de que o Ronaldo ia ser solto. De lá para cá não teve notícia nenhuma. A gente liga para o delegado e ele e não atende ou dizem que ele não está”, disse Simone Pereira de Oliveira, que é tia da menina.
Sem nenhuma pista ou informação do paradeiro da criança, a família não perde a esperança de encontrar a menina com vida. “Até provar o contrário a esperança é que vamos encontrar ela viva.”
Os parentes apostam nas redes sociais para tentar encontrar alguma informação. “Estamos divulgando nos grupos de WhatsApp e Facebook. É tudo o que podemos fazer.”
A Secretaria de Segurança Pública informou à TV Anhanguera nesta terça-feira (10) que o delegado responsável pelas investigações, João Sérgio Vasconcelos Kenupp, disse que não há novidades no caso. E também que as investigações estão sendo realizadas em total sigilo para não prejudicar o trabalho da polícia.
Dia mais triste
Já são 122 dias sem Laura e um deles foi de mais tristeza para Gilsandra Pereira de Oliveira, de 51 anos. Ela é avó de Laura e cuidava da menina desde pequena.
“No Dia das Mães ela chorou muito porque não é a mesma coisa. Disse que faltava a filha dela. Está muito abalada. Sempre sai na rua olhando, observando na esperança de encontrar”, disse a tia da menina.
Entenda
Laura Vitória saiu de casa por volta das 10h30 de sábado, 9 de janeiro, para ir a um supermercado e desapareceu. Ela morava com a avó na região sul da capital. As imagens das câmeras de segurança do estabelecimento mostram quando a menina entrou no local. Ela ficou por alguns minutos e depois saiu com uma sacola na mão. Depois, ela não foi mais vista.
Ronaldo Santana da Silva, de 40 anos, foi preso em março deste ano suspeito de envolvimento no sumiço da menina. Ele negou as acusações e foi liberado em abril, quando o prazo da prisão provisória terminou e não foram encontrados novos indícios para mantê-lo preso.
Um ex-namorado de Sione Pereira de Oliveira, mãe biológica de Laura, foi ouvido pela polícia e liberado. A mãe, inclusive, foi submetida a exames toxicológicos para averiguar o uso drogas.Depois disso ela desabafou: “Ninguém sabe o que estou passando”.
(G1)