Sargento diz ser 100% inocente de todas as acusações e desabafa em vídeo: ‘não sou criminoso’
Após sair da prisão, o sargento da Polícia Militar Joemil Miranda da Cunha, mais conhecido como J Cunha, usou as redes sociais para fazer um desabafo e declarar que é inocente de todas as acusações de envolvimento em um suposto esquema de comércio ilegal de armas de fogo.
O policial é acusado de vender acessórios, armas de fogo e munições de forma irregular e clandestina. Conforme a investigação, o militar é suspeito de usar dados pessoais dos associados dos clubes para comprar armas em nome dos associados sem que eles soubessem e depois registrar falsos boletins de ocorrência de furto dessas armas, que eram vendidas a pessoas que frequentam os clubes de tiros associados ao nome dele.
No vídeo, J Cunha disse que só agora, após três semanas em liberdade, está conseguindo se manifestar sobre as “injustiças cometidas” contra ele. O sargento criticou a Polícia Civil, o Judiciário e a imprensa.
“Fiquei quase cinco meses encarcerado, calado, assassinado moralmente por uma intensa imprensa sensacionalista que se alimenta da desgraça do ser humano. Cadê a imparcialidade da justiça? Cadê a presunção da inocência? Cadê o comércio de armas ilegais? Cadê a lavagem dinheiro? Cadê a falsificação de documentos? Cadê a falsa ocorrência de extravio de armas? Cadê as armas que comprei com os nomes dos filiados, sem os mesmos saberem? Cadê as armas e munições escondidas no meu carro? Tudo isso, é resumo de uma prisão injusta. A princípio era para investigar, já que eu como policial poderia atrapalhar as investigações. Porém, o tempo foi passando e as mentiras só continuaram”.
J Cunha afirmou que não há provas das acusações. “Nunca apareceram essas provas de que realmente eu havia praticado esses crimes, era cadeia para mais de 50 anos no mínimo. E as mentiras só aumentavam. Ministério Público mentindo dizendo que eu estava respondendo processos no Pará, e a cada dia continuava preso. A justiça realmente não é para pobre, tive que gastar com os melhores advogados de Araguaína, Jorge Palma de Almeida, e não Paulo Roberto como a imprensa mentirosa colocou como se eu tivesse contratado”.
Segundo J Cunha, as armas apreendidas durante a operação da Polícia Civil são todas legalizadas e, por meio da sua defesa, conseguiu derrubar 90% das acusações contra ele.
“Todas as armas mostradas lá são minhas, todas legalizadas em meu nome. E nenhuma ilegal. No carro não acharam nenhum crime, a não ser uma tentativa de colocar lavagem de dinheiro, que queria fazer descer goela abaixo porque o carro não estava em meu nome. Conseguimos destruir 90% das acusações. Porém, afirmo que sou 100% inocente de todas as acusações. Lutarei, pois não sou criminoso, falo isso com a cabeça erguida. Me encontro em tratamento psicológico, afastado das atividades laborais por muito tempo e quero justiça. Clamo com a ajuda de vocês”.
Preso durante cinco meses, o sargento lamentou ter passado o aniversário dele e do filho na cadeia, além de não ter comemorado seus 18 anos de polícia. Além disso, segundo ele, a escola de vigilância não pode mais ter o nome de J Cunha, e lamentou ainda por ter perdido a oportunidade de mostrar que seria “o melhor vereador de Araguaína”. Ele era pré-candidato, mas não registrou candidatura por estar preso.
Veja o vídeo
Operação Clandestino
Na operação, 14 pessoas foram detidas suspeitas de envolvimento em um suposto esquema de comércio ilegal de armas de fogo. Quatro delas acabaram sendo presas. Entre os investigados está o sargento da Polícia Militar Joemil Miranda da Cunha, que seria diretor de 18 clubes de tiros.
As armas envolvidas no suposto esquema seriam de pessoas com registro de CAC (sigla para Colecionador, Atirador e Caçador). Também estão entre os investigados um empresário e um agente administrativo do sistema penal. A polícia cumpriu mandados de busca e apreensão em vários endereços, incluindo clubes de tiros da cidade.
Fonte: AF Noticias