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Sem investimento, moradores juntam dinheiro e constroem base da PM em Miranorte

Moradores de Miranorte, na região central do Tocantins, precisaram tirar dinheiro do próprio bolso para construir uma Base Comunitária da Polícia Militar (PM) no município. Além dos custos, a construção contou com mão de obra voluntária. O local tem 148 metros quadrados, sete cômodos e estrutura de última geração. O prédio foi inaugurado no começo de novembro e a obra custou R$ 160 mil.

Ao todo, R$ 130 mil foram doados por moradores e R$ 30 mil pelo poder judiciário. Se considerar o investimento feito pela população com a quantidade de moradores, a média de doação por pessoa é de quase R$ 10. A obra foi concluída em um ano e um mês e deixou moradores satisfeitos.

A tabeliã Maria Lúcia Kamei foi uma das pessoas que colaborou com dinheiro. “Me interessa e me preocupo. Nós moramos aqui e temos amigos, pessoas, comerciantes que precisam usufruir dessa segurança. Na verdade eu acreditei e vou continuar acreditando em projetos assim”, disse a mulher.

O subtenente da PM, Vilanês Cristian, conta que o prédio vai funcionar para abrigar policiais durante situações perigosas. “Essa trincheira é justamente para quando houver, se caso houver, um ataque da modalidade novo cangaço, quando eles [criminosos] costumam vir nos destacamentos. Foi planejado neste modelo. O policial vai estar abrigado e revidando a agressão injusta vinda dos infratores”, explicou o PM.

O prédio também vai sediar o sistema de videomonitoramento da cidade.

Base da PM foi construída com doações de moradores — Foto: Reprodução/TV AnhangueraBase da PM foi construída com doações de moradores — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Base da PM foi construída com doações de moradores — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A obra foi administrada pelo Conselho Municipal de Segurança Pública (Conseg). “Abraçamos essa causa do prédio, a população abraçou. O comerciante, o pedreiro o servente [de pedreiro]. Todos doaram sua mão de obra. Seja ela financeira ou a força de trabalho mesmo”, disse Fernando Mota, presidente do Conselho.

Agora, as despesas mensais são de responsabilidade do poder público. A prefeitura doou o terreno e o governo estadual deve pagar as contas de água, luz, telefone e outras para que o local continue funcionando.

Quem colaborou de alguma forma aprovou a obra e espera que o local não seja abandonado. “Vejo hoje que o dinheiro foi bem aplicado. Achei que gastou muito pouco pelo tamanho do projeto porque teve muito voluntário e participação da comunidade”, disse Adriano Fernandes.

Fonte: G1 Tocantins