Servidor público de Araguaína cuida sozinho de 7 filhos e conta os desafios da paternidade
Na expectativa para o Dia dos Pais, 14 de agosto, a Prefeitura de Araguaína inicia a série “Pais que cuidam”. Com intuito de contar histórias de homens araguainenses que assumem e vivenciam a paternidade e, por meio do amor, superam as dificuldades financeiras, sociais e os preconceitos.
Aos 53 anos, divorciado, José Borges é o primeiro personagem da série de entrevistas e trabalha como guarda no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS). Há um ano e seis meses, ele sustenta e cuida sozinho dos sete filhos; os gêmeos Tiago e Daniel de 15 anos, Manoela de 13 anos, Gabriele e Yan de 12 anos, Alex de 10 anos e as filhas mais novas Valentina e Letícia de 8 anos.
“Meus filhos são tudo para mim, não largo eles por nada nesse mundo”, disse o servidor. É com essa dedicação, que José se empenha nas atividades do lar e trabalha em uma jornada de 12 por 36 horas. No tempo livre, ele conta que busca passar um tempo de qualidade com a sua família.
“Brinco com eles, assistimos televisão, ensino as tarefas da escola, pois penso assim: Se eu não puder proteger meus filhos e dar carinho, quem vai dar?”, explicou.
NOVOS DESAFIOS
Desde que ganhou a guarda dos filhos, José passou a ter mais responsabilidades e foi necessário adequar toda sua rotina. “Mudou tudo na minha vida, antes de ir trabalhar já deixo a comida pronta para eles, tenho que lavar roupa, mesmo assim minha felicidade é estar com eles e sou muito caseiro”, conta.
As mudanças também foram sentidas no financeiro, ele precisou interromper os serviços extras que exercia, como: carpinteiro, pintor, encanador e mestre de obras, após desenvolver hipertensão e dores nas pernas. “O médico me proibiu de fazer esforços e várias atividades”, explicou.
Mesmo empregado, manter as altas despesas com moradia e alimentação é um desafio. O esforço do pai é reconhecido pela filha que aprende com ele diariamente e expressa sua admiração pelo seu herói. “Ele cuida da gente é muito especial para nós”, ressaltou a estudante Gabriele.
IMPORTÂNCIA DO APOIO
Mensalmente, José e sua família recebem a assistência do Município e de pessoas que se sensibilizam com a sua história. “Eu recebo cestas básicas da Assistência Social e da igreja que eu frequento, faço o que posso para manter. Os vizinhos sabem da minha luta e às vezes ajudam, pois eu posso passar fome, mas meus filhos não”, finalizou emocionado.
Fonte: AF Noticias