Estado

Servidores da Universidade Federal do Tocantins suspendem inscrições

Divulgação

Em assembleia realizada na manhã dessa segunda-feira, 2, os servidores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) decidiram pela suspensão do recebimento das matrículas dos calouros classificados através do Sistema Integrado de Seleção Unificada (Sisu), que garante o acesso de candidatos a 25% das vagas ofertadas pela UFT no último vestibular.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Técnicos Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino (Sintad), Davi Ferreira da Silva, esta é uma orientação nacional da categoria para fazer com que o governo negocie com os servidores. “A pressa do governo em matricular os calouros é meramente política. Existem 60 instituições de ensino superior em greve em todo o Brasil. Se os professores estão em greve, para quê matricular os calouros”, questionou Davi.

Aguardando negociação

Já o presidente da Sessão Sindical dos Docentes da Universidade Federal do Tocantins (Sesduft), Vinícius Marques, afirmou que até agora o governo não abriu negociação com os grevistas. Os docentes da UFT estão em greve há quase dois meses.

“Nosso sindicato nacional apresentou uma pauta de reivindicações e o governo federal não aceitou, mas também não apresentou uma contra-proposta. Diante da situação é provável que o calendário deste ano tenha de ser revisto”, informou.

A expectativa é que, após o término do movimento grevista, os conselhos superiores da UFT sejam convocados para discutir um novo calendário. “Será na reunião dos conselhos superiores que serão definidas as formas de reposição das aulas em função da greve”, informou Vinícius.

IFTO também em greve

Já no Instituto Federal de Educação Tecnológica do Tocantins (IFTO), os servidores, técnicos e docentes estão em greve faz 15 dias. De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica e Profissional do Tocantins (Sinasefe), Francisco das Chagas de Souza, ainda na há proposta do governo às reivindicações dos servidores.

“Os trabalhos no IFTO não estão totalmente prejudicados. A secretaria Acadêmica, por exemplo, está recebendo as matriculas dos calouros. Estamos negociando com este setor a paralisação das matrículas”, afirmou Francisco. (Antonio da Luz)