Sindifato garante que desabastecimento é prejudicial aos pacientes e aos Farmacêuticos
O Sindicato dos Farmacêuticos do Tocantins – Sindifato vem através desta nota manifestar sua preocupação com o abastecimento de medicamentos dos hospitais estaduais. A falta de medicamentos e insumos sempre esteve rondando essas unidades, mas sempre que a situação se tornava pública a gestão surgia com soluções paliativas. Atualmente, a situação está gravíssima, a falta de medicamentos e insumos está prejudicando e poderá, até, matar pacientes.
Novamente, o Governo do Estado em terceirizar os abastecimentos dos medicamentos e entrega de bandeja um dos maiores gargalos da saúde. A maioria dessas empresas desconhece a realidade do Estado, das unidades hospitalares, dos profissionais que ali trabalham e principalmente dos pacientes.
É preciso separar as atribuições de uma central de compras, que pode utilizar diversas formas legais para adquirir os medicamentos e insumos, da gestão e logística desses produtos dentro das unidades hospitalares. Os Farmacêuticos que trabalham nessas unidades sofrem diariamente com o descaso ao ver que pacientes poderiam ser tratados de forma mais eficientes, estão padecendo por vontade política e má gestão.
Uma dessas empresas chegou ao ponto de proibir os Farmacêuticos de frequentarem o estoque onde esses produtos eram armazenados, fato esse que foi denunciado pelo Sindifato à Sesau/TO que nenhuma providencia adotou. Chegamos a reunir com Ministério Público Estadual, Federal, Denasus e Ministério Público de Contas, porém nenhuma providencia foi adotada. Como sempre o Governo passou uma “maquiagem” e convenceu os órgãos de que estava tudo bem e que o Sindifato estava exagerando.
Na verdade, quando a situação chega a ser notória para a população e pacientes é porque já está muito mais grave do que parece. Por isso, não admitimos que o Governo use essas situações de emergências para justificar a dispensa de licitação para comprar e contratar. Daqui a pouco o governo decreta estado de calamidade na saúde pública e começa a contratar e a comprar diretamente acobertado pela legalidade. E no final das contas quem paga por tudo isso, são os pacientes, seus familiares e os profissionais de saúde que são taxados como vilões e que não estariam contribuindo para o bom andamento do Governo.
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Maria Letícia Ferreira
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