Sintet critica excesso de sábados letivos na educação do Tocantins: ‘opressão, um completo absurdo’
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet) tenta há várias semanas agendar uma reunião com a Secretária de Estado da Educação, Adriana Aguiar, para discutir o calendário escolar de 2020, principalmente em relação à quantidade excessiva de sábados letivos na rede estadual de ensino.
Dois ofícios já foram encaminhados à Seduc e uma equipe do sindicato esteve pessoalmente na sede da Secretaria, mas sem sucesso. As aulas começaram no dia 3 de fevereiro.
Durante esse ano os professores terão atividades em 17 sábados, o equivalente a quatro meses seguidos com descanso apenas no domingo.
A presidente do Sintet Regional de Araguaína, Rosy Franca, já se posicionou contra o calendário da rede estadual e disse que o Conselho Estadual de Educação foi omisso quanto ao assunto.
Por outro lado, na rede municipal de Araguaína, o Conselho Municipal discutiu o calendário e conseguiu reduzir as atividades escolares aos sábados.
“Ao verificarmos o calendário 2020 nos deparamos com nada menos que 17 sábados, e em todos eles os professores e demais profissionais da educação devem comparecer na unidade escolar. Um completo absurdo. A nossa preocupação é com a precarização do trabalho. O acumulo de atividades nos sábados não traz avanço, inclusive tem estudos que demonstram que trabalho excessivo adoece”, disse o Sintet.
“Essa é mais uma forma de oprimir a classe trabalhadora, em especial as professoras, mulheres que também tem família e filhos; com o aumento de trabalhos aos sábados essas mulheres terão menos tempo com seus filhos e com suas famílias. É um massacre do Governo estadual contra a Educação, contra as educadoras. Onde estava o Conselho de Educação que aprovou esse absurdo?”, criticou a presidente Rosy Franca.
Fonte: AF Noticias