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Siqueira assina ordem de serviço, mas não aceita protestos e chama manifestantes de vagabundos e viciados

Divulgação
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Como era esperado, a solenidade da assinatura de ordem de serviço para a construção do Hospital Geral de Araguaína (HGA) foi marcada por tumulto e constrangimento. No momento em que o governador Siqueira Campos chegou ao local do evento, manifestantes já esperavam com cartazes protestando contra a alta tarifa de energia elétrica e também cobrando outras promessas de campanha.

A partir desse momento, Siqueira Campos ficou com o semblante fechado e em seu discurso, não deixou por menos, chamando os manifestantes de vagabundos e que estariam sendo marionetes de terceiros, sendo pessoas fáceis de serem compradas.

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O protesto começou durante o pronunciamento do ex-deputado Jorge Frederico. Três manifestantes se aproximaram do palco onde estava o Governador e demais autoridades e começaram a gritar. Os manifestantes faziam parte da ONG SOS Liberdade e relembravam a promessa do governador Siqueira Campos de reduzir a conta de energia do tocantinense. Eles também pediam redução de impostos, saúde, menos violência e mais educação.

O comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, Major Silva Neto, ainda tentou conversar com os manifestantes, mas eles continuaram a gritar. No momento que em que o governador assinou a ordem de serviço para a o início da obra e que todos estavam atentos para este momento, policiais rasgaram os cartazes.

Siqueira Campos então aproveitou o seu discurso e proferiu alguns comentários maldosos contra os manifestantes.”São vagabundos que se vendem. Estão pisando no Estado que construí”, falou sem rodeios. “Isso aí é desordeiro, pessoa desocupada, ganhando um dinheiro para comprar crack, pois leva para frente”, afirmou Siqueira, olhando para os cidadãos que protestavam.

O prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas (PR) ao iniciar o seu discuros, pediu desculpas pelo protesto e afirmou: “o povo de Araguaína é ordeiro e trabalhador. Esses vieram badernar”.

(Portal O Norte)