Superpai, Murilo do basquete curte o 1º dia dos pais com os seus cinco filhos
O Dia dos Pais deste ano é especial na vida do pivô Murilo Becker. Pai de quadrigêmeos, pela primeira vez o jogador de basquete passará a data com cinco filhos, já que é pai de Eduarda, de 7 anos. Há exatos dois meses, a vida dele se divide entre os treinos no Bauru e as atenções a Leonardo, Maya, Raffaela e Gabriel. Aos 31 anos, Murilo foi surpreendido com a notícia de que sua mulher, Patrícia, estava grávida de quadrigêmeos. Leonardo, Maya, Raffaela e Gabriel completaram dois meses há três dias e se juntaram a Eduarda, de 7 anos, na grande família Becker.
— Eu nunca imaginei ter cinco filhos do jeito que foi. No máximo três. Mas fechamos a fábrica, apesar de termos ainda dois embriões congelados — disse o jogador, sem demonstrar arrependimento. — Se pudesse voltar atrás faria tudo de novo.
Por dia, o pivô gasta um pacote de fralda — entre 32 e 40 — e 60 latas de leite especial. O casal recebe ajuda de amigos, principalmente com as fraldas, o maior gasto. O jogador até rocou de carro, um maior com sete lugares, para conseguir levar todos.
— Meu pai fez um estoque grande de fraldas e temos um amigo que é fornecedor, fora o que ganhamos. Se compramos dez pacotes até agora foi muito, poque temos estoque para um ano se duvidar — brincou Murilo. — O gasto com o carro é maior, porque além do sete lugares mantemos outro. Não temos como sair com os cinco sem a babá. Então nos dividimos.
Apesar do cansaço dos treinos, o pivô ajuda a mulher a trocar as fraldas das crianças e dar mamadeira. Mas nada além disso, porque a rotina de um atleta é desgastante também.
— Tento ajudar como posso, porque também preciso descansar. O Gabriel me dá muito trabalho. Já cheguei a trocar três vezes a fralda dele. Sempre faz xixi (risos). E quando um chora… Os outros vão na mesma onda. A gente pira, mas conseguimos controlá-los. Eu pego as meninas e a minha esposa os meninos — contou o jogador. – Ver o rostinho deles e ganhar um abraço da minha filha diariamente faz qualquer cansaço ir embora.
Dos quatro, apenas Maya e Raffaela são univitelinas. Por causa disso, Murilo já confundiu diversas vezes as duas filhas, mas, ele usa de um truque para tentar não se perder.
— Cada um deles tem o seu berço, se trocam confundo. Já perguntei: Quem está no meu colo? Então, sempre olho para ver qual delas não está ali. Se a minha mulher ou a babá está com uma delas no colo e só vejo a cabeça, daí não tenho como evitar a confusão. A única diferença hoje é que a Raffaela é mais vermelhinha que a Maya porque precisou de mais transfusão de sangue — explicou.
Para evitar o ciúmes de Duda, Murilo e a mulher a deixaram bem participativa na rotina com as crianças. A “tarefa” dela é fazer a mamadeiras dos irmãos pequenos.
— No começo, a Duda sentia muito ciúmes, porque por seis anos era apenas ela. Mas ela está levando bem, ajuda a fazer diariamente as madeiras e com o tempo vai se acostumando – disse.
Os bebês nasceram de forma prematura e saíram há menos de um mês do hospital. Ver os filhos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foi um momento difícil na vida do jogador, que vê o crescimento.
— Foi difícil vê-los naquela situação, entubados. Mas hoje me sinto abençoado e muito alegre de tê-los em casa. Dá muito trabalho, não é tranquilo. Se alguém me diz um filho é difícil, eu argumento que é muito fácil criar e cuidar, assim como dois. Mas quatro bebês e uma maior? Isso sim é ter trabalho. Mas eles foram a melhor coisa que aconteceram na minha vida.
(Globo)