Suspeitos de integrar quadrilha que usava aviões para tráfico internacional são transferidos para o Tocantins após prisão em GO
Os três suspeitos presos pela Polícia Federal em Porangatu (GO) foram transferidos para Palmas na tarde desta quinta-feira (31). Os homens são suspeitos de integrar o grupo criminoso investigado por modificar aeronaves para fazer o tráfico internacional de drogas para países da América do Norte.
Eles foram detidos com apoio da Polícia Militar de Goiás no aeroporto da cidade. Uma aeronave que supostamente estaria sendo adaptada foi apreendida. Um carro e grande quantidade de dinheiro também foram encontrados com os investigados.
Os três foram transferidos para o Tocantins, fizeram o exame de corpo delito no IML de Gurupi, no sul do estado, e depois foram entregues pela PM aos agentes da Polícia Federal em Palmas.
Segundo a investigação da PF, o grupo trabalhava como freelance fazendo o transporte de drogas para outras quadrilhas de traficantes. Eles passavam cerca de um ano preparando as aeronaves para as viagens. Depois partiam para países da América Central como a Guatemala e Belize.
As viagens eram feitas de forma clandestina sem qualquer registro ou plano de voo, para evitar suspeitas. Isso causava sérios riscos para a segurança do tráfego aéreo. Após as entregas algumas aeronaves foram queimadas.
Avião foi apreendido pela PF em Porangatu — Foto: Thaís Alcântara e Evandro Alves/Divulgação
A operação
A operação Tuup foi deflagrada pela Polícia Federal para cumprir 28 mandados judiciais emitidos pela a 4ª Vara da Justiça Federal do Tocantins. São seis de prisão preventiva, sete de prisão temporária e 14 ordens de busca e apreensão no Tocantins e mais sete estados.
Os mandados foram cumpridos no Pará, Ceará, Goiás, Mato Grosso, São Paulo e Santa Catarina. Durante a manhã três investigados foram presos em Porangatu (GO) e os agentes da PF apreenderam R$ 82 mil na casa de piloto em Sorocaba (SP). O dinheiro estava escondido dentro de uma panela.
O suspeito de chefiar a logística é Cleanto Carlos de Oliveira. Ele mora em Palmas, não foi encontrado em casa e é considerado foragido. A defesa dele informou que ainda está tomando conhecimento das investigações para tomar as providências, mas disse que ele refuta todas as acusações.
Os presos podem responder pelos crimes de associação ao tráfico, tráfico internacional de drogas e financiamento ao tráfico, além de atentado à segurança do transporte aéreo.
Fonte: G1 Tocantins