Temporada de ‘The walking dead’ chega ao fim e deixa saudades
Parem as máquinas: a Fox anuncia para a próxima terça-feira a exibição do episódio final da terceira temporada de “The walking dead”. Para quem não sabe (será que alguém não sabe?) essa é hoje a série dramática mais vista da TV por assinatura, além de ganhar o Emmy e ter sido indicada a um monte de outros prêmios importantes. Não se sabe o que os roteiristas reservam para o capítulo “Welcome to the tombs” (título sugestivo e sinistro, significa “Bem-vindo aos túmulos”), mas com certeza não se trata de alegria e leveza.
O penúltimo episódio foi triste até dizer chega, mas, como sempre em “The walking dead”, fez sonhar. A série tem essa maravilhosa contradição: situa lado a lado, na mesmíssima prateleira, o mais absoluto desalento e a sensação de que algo de bom ainda possa acontecer a seus personagens. Isso porque o mundo pós-hecatombe ainda está sendo refundado, e suas novas regras, redefinidas a cada dia.
A terceira temporada teve um hiato grande de produção. Mas, quando o programa voltou ao ar, seu enredo mostrou ainda mais potência. É que a disputa entre dois líderes, Rick Grimes (Andrew Lincoln), chefe do grupo da prisão, e o Governador (David Morrissey), elevou ao máximo a tensão e o nível de ódio entre personagens. O 12º episódio também carregou Rick de volta ao seu ponto de partida: ele reencontrou aquele que salvou a sua vida numa das primeiras cenas da série. Foi a chance que teve de demonstrar piedade e solidariedade e assim se reconciliar com os valores que um dia tiveram importância no mundo.
“The walking dead” sai de cena e só nos resta aguardar ansiosos a reestreia de “Mad men” e de “Breaking bad”. Convenhamos, não é pouco.
(Patricia Kogut)