TJTO aumenta pena de mulher que atropelou e matou médico Pedro Caldas, de 7 para 9 anos
A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) julgou na tarde desta terça-feira (20) um recurso proposto pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO) e aumentou a pena da jovem Iolanda Costa Fregonesi, condenada por atropelar e matar o médico Pedro Caldas, de 40 anos. O caso aconteceu em novembro de 2017, em Palmas.
Iolanda havia sido condenada em Júri Popular à pena de 7 anos e 11 meses de prisão, com direito ao cumprimento de pena inicial em regime semiaberto. No julgamento do recurso, o Tribunal de Justiça acatou a tese de culpabilidade exacerbada, disposta no artigo 59 do Código Penal, e aumentou a pena para 9 anos, quatro meses e 15 dias.
Com essa alteração, Iolanda deverá iniciar o cumprimento da pena em regime fechado.
Sobre o fato
O atropelamento aconteceu quando a jovem, desabilitada e supostamente embriagada, dirigia por uma via paralela à rodovia TO-050 que corta a capital. Os médicos Pedro Caldas e Moacir Naoyuk Ito corriam na manhã de um domingo quando foram atingidos pelo veículo. Caldas acabou morrendo no hospital após quase um mês em coma.
Na época, Iolanda se negou a fazer teste do bafômetro, chegou a ser detida após o atropelamento, mas acabou liberada após pagar fiança de R$ 3 mil.
Iolanda Fregonesi nunca falou publicamente sobre o caso. Para a Justiça, ela afirmou que não estava embriagada e disse ter atropelado o médico após se distrair com dois animais que estariam brigando no banco de trás do carro dela.
Segundo a investigação da Polícia Civil, em 2016 a jovem já havia atropelado um casal na Avenida Tocantins, em Palmas, e se recusado a fazer o teste do bafômetro.