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Tocantins tem sete cidades que ainda não possuem conexão 4G e capital só tem 38% de cobertura

O leilão da internet 5G, realizado na semana passada, abriu caminho para a nova tecnologia de conexão móvel chegar de vez ao Brasil. A nova estrutura promete uma velocidade até 100 vezes maior, mas o Tocantins ainda tem cidades que sequer possuem o sinal 4G. Na capital, por exemplo, a área de cobertura da atual tecnologia nem chega a 40%.

São sete cidades no Tocantins sem acesso nenhum ao 4G – a mais rápida atualmente – segundo os dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Nenhuma cidade do estado tem 100% de cobertura em todos os domicílios e apenas três possuem mais de 50% da área coberta pelo 4G.

O Almecides é professor em Goiatins, norte do estado. Nesta pandemia, a internet se tornou a melhor ferramenta para levar o conteúdo até os alunos. Lá na cidade o sinal é 4G, mas segundo ele, a qualidade é tão ruim que é como se não tivesse.

“Temos três operadoras, cada uma mais fraca do que a outras. O sinal aparece, às vezes, de 4G. Só que não dá essa qualidade”, disse o professor Almecides Carvalho.

As cidades do Tocantins que ainda não possuem sinal 4G são:

  • Araguacema
  • Caseara
  • Conceição do Tocantins
  • Goianorte
  • Jaú do Tocantins
  • Palmeirópolis
  • Sucupira

 

Morador utilizando internet móvel em Palmas — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Morador utilizando internet móvel em Palmas — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A capital tem 38% da área com sinal 4G disponível com qualidade para a população e turistas. A falta dessa conexão pode ser sentida, por exemplo, durante o período da pandemia quando as aulas ficaram totalmente remotas.

“Você vê quando teve essas aulas online, quantos pais não sofreram. Às vezes sabiam até utilizar, mas não tinha condição de colocar internet em casa”, comentou a professora Alaíde Rodrigues.

A conexão 5G tem maior capacidade de transmissão de dados e é considerada a cobertura de internet ideal para espaços específicos. A previsão é de muitas novidades: carros que podem dirigir sozinhos, cirurgias feitas à distância e uma infinidade de dispositivos conectados ao mesmo tempo.

“A gente tem automação no campo, tem situações de monitoramento de qualidade de água, solo. Avaliações de áreas agrícolas por inteligência artificial em que a gente pode fazer o sobrevoo de drones, trazer as informações e identificar onde está com problema de maior produtividade ou não. Para isso tudo precisa de conectividade”, explica o gerente de eletrônica Luciano Carstens.

As empresas vencedoras da licitação vão poder explorar por 20 anos a frequência do 5G para impulsionar o sinal que já existe, como o 3G e o 4G. Além disso, terão de levar internet de qualidade às escolas de educação básica do país como contrapartida pelo direito de explorar essa tecnologia.

Fonte: G1 Tocantins