Estado

Umidade do ar cai no Tocantins e chega a 8%

queimadas_11_vzA umidade relativa do ar na cidade de Paranã, no sul do Tocantins, chegou a 8% na tarde desta quinta-feira (16). A informação é do núcleo de meteorologia da Fundação Universidade do Tocantins (Unitins). De acordo com o professor José Luiz Cabral, que coordena o núcleo, os índices de umidade estão caindo em todo o estado, influenciados pela massa de ar quente que age sobre o Tocantins combinada com o grande número de queimadas.

Além de Paranã, outras cidades da região centro-sul também estão em situação crítica. Em São Félix do Tocantins o índice era de 9% no meio da tarde desta quinta. Em Gurupi, o índice chegou a 14% e em Palmas era de 13% no mesmo período. Já em Araguaína, no norte do estado, o índice mais baixo do dia foi de 23%. A região norte é a que tem os melhores índices de umidade. Na região conhecida como Bico do Papagaio, algumas cidades registraram até 46% de umidade durante a quinta-feira.

Ainda de acordo com o professor, as temperaturas mais altas no estado foram registradas em Palmas e Paranã, com 40º C cada. A máxima mais baixa foi em Araguatins, na região norte, com 33ºC. Cabral afirma que o mês de setembro de 2014 teve as temperaturas mais altas já registradas no Tocantins desde que a medição começou há ser feita a 30 anos, em média 4º C acima do normal para o período.

Fumaça das queimadas e o tempo seco no Tocantins prejudicam o sistema respiratório (Foto: Marcel de Paula/TV Anhanguera TO)
Fumaça das queimadas e o tempo seco no TO
prejudicam o sistema respiratório
(Foto: Marcel de Paula/TV Anhanguera TO)

A Defesa Civil disse que, embora estas cidades tenham atingido índices de umidade alarmantes, ainda não foi decretado estado de emergência em nenhuma delas, porque os picos negativos são de curta duração e a medição leva em conta a média diária. Estão em estado de alerta, as cidades de Dianópolis, Mateiros, Paranã e Peixe, na região sul e Porto Nacional e Palmas na região central.

O órgão orientou a população a evitar aglomerações e exercícios físicos nas horas mais quentes do dia, a ingerir grandes quantidades de líquido e a procurar permanecer em locais protegidos do sol.

Cabral afirma que a situação deve permanecer crítica nos próximos dias e que só vai ser amenizada com as próximas chuvas. De acordo com informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 2014 já foram registrados 13.040 focos de queimadas no Tocantins, o quarto maior número entre todos os estados do Brasil. A maior parte deles, que corresponde a 3.520, foi registrada no mês de setembro.

(G1)