Vacinas infantis da Pfizer contra Covid-19 devem chegar ao Tocantins nesta sexta-feira (14)
As primeiras vacinas pediátricas da Pfizer contra Covid-19 devem chegar ao Tocantins na manhã desta sexta-feira (14). O primeiro lote do imunizante, com 1,2 milhão de doses para crianças de 5 a 11 anos, chegou ao Brasil na madrugada desta quinta-feira (13).
O imunizante, que saiu de Amsterdam, na Holanda, desembarcou no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), e foi levado para o centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP), por volta das 8h.
A distribuição para todos os estados começa ainda nesta quinta, seguindo critério populacional, ou seja, é proporcional ao quantitativo de crianças em cada estado. Ainda não há informação sobre o número de doses que serão destinadas ao Tocantins neste primeiro momento.
De acordo com a recomendação do Ministério da Saúde, a vacinação de crianças de 5 a 11 anos não é obrigatória e deve seguir ordem de prioridades, começando pelas crianças com comorbidades e deficiências permanentes.
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Para a imunização será necessária a autorização dos pais. Se os responsáveis estiverem presentes no ato da vacinação será dispensado o termo por escrito. A orientação do Ministério é que exista recomendação prévia de um médico antes da vacinação.
O voo com as doses para o Tocantins deve decolar às 8h10 desta sexta-feira (14), com previsão de chegada em Palmas às 10h30. Logo depois as vacinas serão levadas para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). A distribuição aos municípios deve começar na próxima semana.
Vacinação infantil
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A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, no dia 16 de dezembro, a vacinação de crianças desta faixa etária. Na segunda-feira (10), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou que a Pfizer vai antecipar a entrega de 600 mil doses. Com isso, o total de vacinas previstas para chegar em janeiro deve passar de 3,7 milhões para 4,3 milhões.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), o Brasil tem cerca de 20,5 milhões de crianças nessa faixa etária. De acordo com o governo, a vacinação infantil ocorrerá:
- Em ordem decrescente de idade (das crianças mais velhas para as mais novas), com prioridade para quem tem comorbidade ou deficiência permanente e para crianças quilombolas e indígenas;
- Sem necessidade de autorização por escrito, desde que pai, mãe ou responsável acompanhe a criança no momento da vacinação;
- Com intervalo de oito semanas – um prazo maior que o previsto na bula, de três semanas.
Diferenças
A vacina para crianças de 5 a 11 anos tem diferenças em relação à que foi aplicada nos adultos. Por isso, o governo federal adquiriu uma versão específica do produto com dosagens e frascos diferentes (foto acima), apesar de o princípio ativo ser o mesmo.
A mesma autorização de uso já foi concedida pelo FDA e pela EMA (agências regulatórias de saúde dos Estados Unidos e União Europeia).
Em outubro de 2021, a Pfizer disse que a vacina é segura e mais de 90,7% eficaz na prevenção de infecções em crianças de 5 a 11 anos. O estudo acompanhou 2.268 crianças de 5 a 11 anos que receberam duas doses da vacina ou placebo, com três semanas de intervalo.
Fonte: G1 Tocantins