Veja como será o retorno das aulas não-presenciais em Araguaína, a partir de segunda
As atividades não-presenciais serão retomadas na rede pública municipal de educação de Araguaína a partir da próxima segunda-feira (8) para frear a disseminação da covid-19. Essa e outras medidas estão no Decreto n° 011/21, publicado no Diário Oficial do Município nesta sexta-feira (5), e são válidas por período indeterminado.
O prefeito Wagner Rodrigues disse que a suspensão das aulas presenciais foi necessária neste momento. “Estamos vendo cidades que não tem mais leitos e mesmo ampliando os nossos não há garantia de que não haverá lotação. Como já temos experiência na Educação por método remoto decidimos retorná-lo e diminuir os riscos de um colapso da rede de saúde local. É uma precaução e se tudo correr bem poderemos voltar ao sistema híbrido antes do final do mês”.
Além dessa mudança, o decreto retorna o atendimento ao público nas secretarias municipais para seis horas corridas, das 8 às 14 horas. “Os servidores continuarão cumprindo as oito horas, mas em home-office, porque existe muito serviço interno. Ressalvado que têm aqueles de caráter essencial”, explicou Wagner.
Educação
Os pais e os alunos não precisam sair de casa para realizarem as atividades, que podem ser feitas por meio do Portal do Aluno, acessado no site da Prefeitura ou pelo aplicativo de celular.
Além da plataforma on-line, o material didático também pode ser retirado na escola a cada 15 dias. Neste sistema, os professores participam de todo o processo de aprendizagem realizado em casa, orientando os pais e responsáveis na aplicação das atividades e avaliarão as tarefas após o retorno das aulas presenciais com a revisão de cada conteúdo, caso seja necessário.
O método não-presencial foi realizado de junho até novembro, quando os alunos retornaram em sistema híbrido, com divisão dos estudantes em dois grupos que revezaram entre as aulas presenciais e atividades remotas. Após a conclusão do ano letivo de 2020 com aprovação dos pais, o modelo foi continuado também para o ano letivo de 2021.
Alta ocupação hospitalar
Araguaína chegou a ter 97% de ocupação dos leitos públicos de UTI nesta sexta-feira (5), que estão distribuídos entre Hospital Regional de Araguaína (HRA), Hospital Dom Orione (HDO), Instituto Sinai e Hospital Municipal de Campanha (HMC).
No início da semana, quando Wagner decretou medidas mais rígidas para controle da pandemia, a ocupação dos leitos públicos de UTI estava em 86,2%, mas no Instituto Sinai já não havia mais vagas.
Nesta quinta-feira (4), o HDO também atingiu o limite máximo e a Prefeitura interveio para evitar um colapso da rede privada, transferindo dois pacientes em estado grave para o Hospital Municipal de Campanha. Os homens de 57 e 82 anos foram entubados e transportados pelo SAMU, em uma operação que durou três horas e contou com 22 profissionais, entre socorristas e funcionários dos hospitais.
Atualmente, 54% dos leitos ocupados no HRA, HMC e HDO são por araguainenses, dentre os de UTI, clínicos e emergência. Entre os pacientes de fora estão transferidos de Augustinópolis, Colinas, Palmas, Gurupi e outros município, sendo um ainda de outro do Estado, vindo de Uberlândia, em Minas Gerais.
Medidas continuam
Até que a vacina seja aplicada para garantir a segurança da população, regras de segurança devem ser seguidas. Nesta semana, a Prefeitura de Araguaína endureceu as restrições para conter o ritmo da contaminação e evitar um colapso na rede local de saúde. O Decreto Municipal n° 010/21 está publicado no Diário Oficial do Município dessa segunda-feira, 1º, e vale até o dia 15 de março, podendo ser prorrogado.
Entre outras medidas, o decreto diminuiu o horário de funcionamento de estabelecimentos, suspendeu música ao vivo, aumentou punição para descumprimentos, implantou toque de recolher e limitou reuniões familiares e horários de parques.
Vacinação
A Prefeitura de Araguaína segue vacinando a população em ritmo acelerado e supera o índice de cobertura vacinal brasileiro e mundial. Um a cada 25 araguainenses já recebeu pelo menos uma dose, o que corresponde a 4,37% da população. O número é maior que os 3,47% da população nacional e os 2% entre todos os países que tomou o imunizante. Os dados são do sistema Integra Saúde, do Governo do Estado, consórcio de veículos de imprensa e Our World In Data.
Para o prefeito, os índices não são melhores porque o Município segue recebendo poucas doses do Ministério da Saúde e para solucionar esse problema, o gestor municipal aderiu ao novo consórcio gerenciado pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) para compra das vacinas, além de continuar buscando a negociação direta com os laboratórios.
A tentativa de compra vem desde o ano passado, quando Wagner, junto ao então prefeito Ronaldo Dimas, esteve no Instituto Butantã, em São Paulo. À época, a aquisição era permitida apenas por meio do Ministério da Saúde. “Temos recebido pouquíssimas doses e precisamos acelerar a vacinação para salvar vidas, ter liberdade e o retorno pleno da atividade econômica. Estamos prontos para comprar 50 mil doses e dependemos somente dos laboratórios venderem”, afirmou o prefeito.
Fonte: AF Noticias