Vicentinho Júnior deixa governo de Wanderlei após apoio a Eduardo Siqueira e cutuca Gaguim

O deputado federal e presidente estadual do Progressistas, Vicentinho Júnior,  pediu exoneração do cargo de Secretário de Ações Estratégicas do Governo do Tocantins após declarar apoio a Eduardo Siqueira Campos (Pode) no segundo turno das eleições municipais em Palmas.

Com o apoio declarado, Vicentinho Júnior seguiu uma posição política distinta da tomada pelo governador Wanderlei Barbosa, que apoia Janad Valcari (PL) para a prefeitura da capital. Por isso, a decisão de Vicentinho repercutiu negativamente na cúpula do Palácio Araguaia e tornou insustentável a permanência dele no cargo do secretário de Estado.

A exoneração do parlamentar foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quarta-feira (9). No pedido, ele disse que, como presidente partidário, não poderia se furtar de se posicionar politicamente.

“Respeitando o processo democrático, minha história, lealdade e a confiança dos eleitores de Palmas, minha decisão é uma resposta à necessidade de manter minha coerência política”, disse o deputado.

Vicentinho Júnior enfatizou sua gratidão ao governador Wanderlei Barbosa e agradeceu pela confiança depositada nele ao longo de sua atuação como secretário, reforçando que sua saída ocorre com o sentimento de dever cumprido. “Foi uma experiência única, onde percorri o estado, trabalhando pela unidade política e consolidando a base governamental”, afirmou. Seu trabalho incluiu a articulação em vários municípios, liderando o nome e as diretrizes do governo para fortalecer a estrutura partidária.

O deputado ainda destacou sua participação ativa nas eleições municipais em todo o Tocantins, onde teve sucesso em mais de 70 pleitos em diferentes regiões.

Apesar de sua exoneração, Vicentinho Júnior reforçou seu apoio contínuo ao governador Wanderlei Barbosa, enfatizando que sua decisão de se afastar do governo não altera sua lealdade pessoal.

Em uma resposta direta ao deputado Carlos Gaguim, Vicentinho Júnior foi enfático. “Ao contrário do que diz Gaguim, minha trajetória política é medida ao longo de minha vida pública e não por uma escolha eleitoral em Palmas. Temos uma régua moral muito distinta, e eu não me meço pela régua dele”, concluiu o parlamentar.