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Variante XEC: nova cepa de Covid-19 é confirmada em vários países e três estados do Brasil

A nova cepa de Covid-19 está no foco das atenções mundiais. Identificada como variante XEC, essa mutação do vírus que mudou o mundo em 2020 agora ameaça a Europa, os Estados Unidos e outros países, incluindo o Brasil. Detectada pela primeira vez na Alemanha em junho de 2024, a XEC já se espalhou por pelo menos 11 países europeus e foi confirmada em nações como Canadá, Taiwan, Israel e, mais recentemente, em três estados brasileiros: Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.

Mas o que isso significa para nós? Será que devemos nos preocupar? Neste artigo, vamos explorar o que já sabemos sobre essa variante, seus sintomas, sua disseminação e o que você pode fazer para se proteger.

O surgimento da variante XEC: de onde ela veio?

A variante XEC é um híbrido de duas subvariantes ômicron anteriores, a KS.1.1 e a KP.3.3, que já circulavam amplamente na Europa. Seu primeiro registro ocorreu na Alemanha, em junho de 2024, e desde então ela ganhou força, especialmente na Dinamarca. No Brasil, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) identificou a XEC em setembro, em amostras de dois pacientes diagnosticados com Covid-19. Esse rápido avanço global coloca a XEC no foco das autoridades de saúde, que temem que ela possa se tornar a cepa dominante nos próximos meses.

Como a nova cepa de COVID está se espalhando?

A transmissão da XEC não é um mistério: ela se espalha da mesma forma que o vírus original da Covid-19. Quando uma pessoa infectada tosse, espirra, fala ou até respira, pequenas partículas líquidas carregadas do vírus são liberadas pelo nariz ou pela boca, podendo infectar quem está por perto. O que preocupa os cientistas é que a XEC parece ser mais contagiosa do que suas predecessoras, segundo estudos do Instituto de Genética do University College de Londres. Esse fator, combinado com a chegada do outono e inverno no Hemisfério Norte (a partir de 22 de setembro), pode facilitar sua disseminação.

Onde a variante XEC já chegou?

A nova cepa de COVID já foi detectada em pelo menos 11 países europeus, incluindo Alemanha, Dinamarca, Eslovênia, Bélgica, Países Baixos, França, Itália, Suécia, Irlanda, Espanha e Reino Unido, conforme dados do Scripps Research’s Outbreaks. Fora da Europa, ela apareceu em Taiwan, Israel, Canadá e nos Estados Unidos, onde já está presente em 12 estados, como a Califórnia. No Brasil, os casos confirmados em Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina acendem um alerta para a necessidade de monitoramento.

Sintomas da XEC: como reconhecer a infecção?

Os sintomas da XEC não diferem muito das outras variantes da Covid-19, o que facilita sua identificação, mas também pode mascarar sua presença. Os primeiros sinais geralmente são tosse ou dor de garganta, seguidos por febre alta. Dores de cabeça, musculares ou nos membros também são comuns, assim como cansaço e falta de ar. Em alguns casos, a perda de paladar e olfato – um sintoma clássico da Covid – também foi relatada. Se você sentir esses sinais, o conselho das autoridades é claro: faça o teste o quanto antes.

A XEC será a nova dominante?

O Dr. Eric Topol, diretor do Scripps Research Translational Institute, alertou ao Los Angeles Times: “XEC está apenas começando no mundo e aqui”. Ele prevê que a variante levará semanas, talvez meses, para se estabelecer como dominante, mas já afirma: “XEC está definitivamente assumindo o comando. Essa parece ser a próxima variante”. Apesar disso, o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) informou que a XEC ainda não é classificada como uma variante de preocupação ou interesse. Mesmo assim, seu potencial de contágio mantém os cientistas em alerta.

Por que a XEC está no foco dos cientistas?

A variante XEC está sendo monitorada de perto por meio do sequenciamento genômico, uma técnica que analisa o código genético do vírus para entender suas mutações. Esse método, embora essencial, tem limitações. O Scripps Research alerta que os dados de sequenciamento não refletem necessariamente a real prevalência da variante na população, já que nem todos os casos são analisados da mesma forma. Ainda assim, o sequenciamento oferece pistas valiosas sobre como a XEC está evoluindo e ajuda a planejar contramedidas, como ajustes em vacinas.

O que podemos fazer contra a nova cepa de COVID?

As autoridades de saúde têm duas recomendações principais: teste-se e vacine-se. A Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou que 20% dos testes na Europa ainda estão dando positivo, mostrando que a Covid “está muito conosco”. As vacinas atuais, atualizadas para variantes recentes, continuam sendo a melhor defesa contra casos graves. No Brasil e em outros países afetados, campanhas de vacinação estão sendo reforçadas para conter o avanço da XEC antes que ela se torne um problema maior.

Perguntas que você deveria estar se fazendo

Você já parou para pensar: estou protegido contra essa nova cepa? Quando foi minha última dose de reforço? E se a XEC chegar com força na minha cidade, o que eu posso fazer para proteger minha família? Essas questões são importantes porque, embora a situação não seja crítica agora, a história da Covid nos ensinou que a prevenção é sempre o melhor caminho. Ficar informado e agir cedo pode fazer toda a diferença.

Fonte: AF Noticias