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Produção industrial do Tocantins volta a crescer mesmo com redução do número de empregados

Embora o crescimento da produção industrial tocantinense em junho tenha sido modesto em relação ao mês anterior, o resultado sinaliza uma recuperação gradual do setor. A conclusão é da Sondagem Industrial, estudo elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO). No entanto, a geração de empregos não acompanhou esse desempenho e apresentou uma leve queda no período, indicando que os empresários estão priorizando ganhos de produtividade e controle de custos para aumentar a eficiência.

Divulgada nesta quarta-feira (30), a sondagem revela que, no segundo trimestre de 2025, os industriais do estado demonstraram insatisfação tanto com a margem de lucro operacional quanto com a situação financeira de suas empresas – percepção também identificada no cenário nacional.

Entre os principais desafios apontados pelos empresários no trimestre estão: a escassez e o alto custo de mão de obra qualificada, a carga tributária elevada e a concorrência desleal. Apesar desses obstáculos, a pesquisa aponta expectativas otimistas quanto à demanda e à aquisição de matérias-primas. Em contrapartida, há previsão de redução no número de empregados.

O estudo também destaca que os empresários enfrentaram mais dificuldade para obter crédito no segundo trimestre de 2025, em comparação com períodos anteriores. Ainda assim, o setor projeta crescimento nas exportações nos próximos seis meses.

“Mesmo com desafios, a produção industrial do Tocantins cresce moderadamente, com maior uso da capacidade instalada e leve redução do emprego, sinalizando mais produtividade e eficiência”, afirma Gleicilene Bezerra da Cruz, técnica responsável pela pesquisa.

Cenário ainda é de cautela

A confiança do industrial tocantinense na economia e nos próprios negócios segue abaixo da linha divisória dos 50 pontos, mesmo após registrar o segundo avanço consecutivo e acumular alta de 4,7 pontos nos dois últimos meses. O índice atual se aproxima do registrado em julho do ano passado (48,9 pontos), sugerindo um cenário de estabilidade, porém ainda marcado por baixa confiança.

Os dados integram o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), também elaborado pela FIETO. Segundo o levantamento, o indicador de Condições Atuais recuou de 41,6 para 39,4 pontos entre junho e julho, enquanto o indicador de Expectativas avançou de 50,1 para 52,4 no mesmo intervalo. Valores acima de 50 pontos indicam otimismo em relação ao futuro dos negócios, embora o contexto econômico ainda exija cautela.

Fonte: AF Noticias