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Eduardo Gomes manifesta indignação com prisão de Bolsonaro e teme crise institucional

Notícias do Tocantins – A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes e cumprida pela Polícia Federal na manhã deste sábado (22), repercutiu fortemente no cenário político nacional e provocou reação imediata no Congresso. O atual vice-presidente do Senado, Eduardo Gomes (PL-TO), que também foi líder do governo Bolsonaro no Parlamento, criticou a medida.

Em missão oficial em Roma, Eduardo Gomes classificou a decisão do STF como “drástica” e disse que o ato causa “indignação” dentro do partido e da bancada bolsonarista. O senador afirmou que Bolsonaro “sempre colaborou com a Justiça” e que não havia justificativa para uma nova ordem de prisão.

“O (ex) presidente Bolsonaro, quando da posse do presidente Lula, encontrava-se nos Estados Unidos e assim permaneceu por alguns meses. Desde o início do processo, não faltou a nenhuma audiência, mesmo diante das dificuldades alegadas pela defesa. Agora, tem decretada uma prisão preventiva dentro de uma prisão domiciliar. É evidente que o meio jurídico, o partido e toda a bancada recebem essa medida com indignação, pois se trata de alguém que está recolhido em casa”, declarou.

Gomes também elevou o tom ao alertar para o impacto institucional da decisão. Segundo ele, o país vive um momento delicado, marcado por sucessivos desdobramentos envolvendo o ex-presidente.

“Trata-se de uma prisão que sucede outra, e esperamos que ambos os episódios sejam esclarecidos o mais rápido possível, para que o ex-presidente restabeleça plenamente sua condição de defesa. Esse processo tem causado desgaste ao país. Estamos falando de um homem que governou o Brasil por quatro anos, concluiu seu mandato sem qualquer intercorrência ou acusação de corrupção, e que agora enfrenta medidas que soam desproporcionais.”

O senador finalizou afirmando que o debate sobre o papel político de Bolsonaro ainda está longe de encerrado: “Acreditamos que o Brasil ainda vai rediscutir profundamente a trajetória do ex-presidente e estabelecer a devida justiça.”

A prisão preventiva do ex-presidente mobilizou aliados, opositores e especialistas em direito constitucional, e deve dominar a agenda política nos próximos dias, intensificando o clima de tensão entre Executivo, Legislativo e Judiciário.

Fonte: AF Noticias