Moradora de Palmas perde R$ 250 mil em golpe e polícia localiza os criminosos em Cuiabá

Uma moradora de Palmas viu desaparecer cerca de R$ 250 mil após cair em um golpe de venda fraudulenta de imóveis. O prejuízo expressivo levou a Polícia Civil do Tocantins a intensificar as investigações e deflagrar, na manhã desta quinta-feira (04/12), uma operação no Mato Grosso para atingir diretamente o grupo criminoso responsável pelas fraudes.

A ação foi comandada pela Divisão Especializada na Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos, em busca de celulares, computadores e outros dispositivos usados para aplicar golpes em todo o país.

Segundo a delegada Luciana Midlej, os alvos foram localizados e conduzidos à Delegacia de Estelionatos e Outras Fraudes de Cuiabá para os procedimentos legais. As investigações revelam um esquema estruturado, com movimentação intensa de valores em contas bancárias — apenas em um único mês, algumas contas chegaram a movimentar R$ 500 mil, incompatíveis com a renda dos suspeitos.

A polícia já identificou 13 pessoas no Mato Grosso que seriam beneficiárias diretas e indiretas dos golpes, incluindo o que atingiu a vítima palmense. O grupo operava a partir da falsa venda de lotes e terrenos anunciados pela internet, atraindo compradores com a promessa de excelentes oportunidades. As vítimas, acreditando estar fechando um negócio legítimo, acabavam transferindo grandes quantias aos golpistas.

“Chamou atenção da equipe o grande volume de recursos entrando e saindo das contas dos investigados, valores que não condizem com a renda declarada”, afirmou Midlej.

A DRCC agora concentra esforços na análise dos materiais apreendidos para identificar novos envolvidos e ampliar o mapeamento da organização criminosa, que atua em diferentes estados.

A operação contou com apoio da Diretoria de Inteligência Policial (DIP) da PC-TO, da Divisão Especializada de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária (DRCOT), da Delegacia de Crimes Rurais e Abigeato (Deleagro), além de equipes da Polícia Civil de Mato Grosso, incluindo a Delegacia de Estelionatos de Cuiabá e a Diretoria de Inteligência da PJC/MT.