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Curativo a vácuo é realizado pela primeira vez no Hospital e Maternidade Dona Regina

 Pela primeira vez, o Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR), em Palmas, realizou um curativo a vácuo — ou terapia por pressão negativa — em uma paciente com complicações pós-cesárea. O procedimento, considerado uma tecnologia avançada no cuidado de feridas complexas, representa um salto na humanização e modernização do atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado.

A técnica consiste na aplicação de uma espuma sobre a ferida, que é selada com um filme adesivo e conectada a uma bomba de sucção. Essa bomba cria uma pressão negativa controlada, que remove fluidos, reduz o inchaço, estimula a regeneração de tecidos e acelera a cicatrização. No caso realizado no Dona Regina, o curativo foi essencial para tratar uma deiscência total (abertura) de ferida operatória de cesárea, evitando complicações e permitindo uma recuperação mais rápida e segura.

O procedimento contou com a atuação de uma equipe multiprofissional do Serviço Especializado em Integridade Cutânea e Assistência à Ferida (SEICAF), envolvendo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e gestores do centro cirúrgico.

Segundo o secretário de Estado da Saúde, Vânio Rodrigues, a iniciativa reflete o compromisso do Governo do Tocantins em investir em tecnologias que coloquem o bem-estar das pacientes em primeiro lugar.

“Nosso objetivo é oferecer um atendimento humanizado e resolutivo, garantindo que a mãe possa se recuperar com segurança e voltar ao convívio familiar o mais breve possível, cuidando do bebê com conforto e tranquilidade”, afirmou.

A enfermeira Cristiane Saldanha, responsável pela aplicação do curativo, destacou que a técnica possibilita a desospitalização precoce, permitindo que a paciente continue o tratamento em casa, sob acompanhamento da equipe de enfermagem.

“Isso é fundamental para o fortalecimento do vínculo mãe-bebê e o incentivo ao aleitamento materno. O cuidado, que antes era restrito ao hospital, agora pode ser mantido com segurança no ambiente domiciliar”, explicou.

O diretor-geral do HMDR, Fernando Melo, ressaltou que o uso da terapia por pressão negativa evita separações entre mãe e filho — situação comum antes da implantação da tecnologia. “Antes, a paciente precisava ser transferida para o Hospital Geral de Palmas (HGP), onde o bebê não podia permanecer. Agora, conseguimos manter mãe e bebê juntos, garantindo recuperação rápida, segura e menos dolorosa”, destacou.

A responsável técnica pela Enfermagem do hospital, Luciana Campos de Freitas, celebrou o sucesso da implantação do serviço. “Esse avanço é resultado do empenho de uma equipe altamente qualificada e comprometida com a melhoria contínua do cuidado. É um ganho não só para as pacientes, mas para todo o sistema de saúde”, concluiu.

Importância do curativo a vácuo em bebês e puérperas

O curativo a vácuo, também chamado de terapia de pressão negativa, tem especial relevância em casos de puérperas (mulheres no pós-parto). A tecnologia reduz o risco de infecções, acelera a cicatrização e favorece o contato precoce e contínuo entre mãe e bebê, fator essencial para o desenvolvimento emocional e fisiológico da criança. Além disso, ao permitir o tratamento domiciliar, a técnica diminui o tempo de internação e o risco de exposição hospitalar, garantindo mais conforto e segurança às famílias.

Com o primeiro procedimento realizado com sucesso, o Tocantins entra para o grupo de estados que utilizam tecnologias avançadas de cuidado com feridas no SUS — um passo significativo rumo à modernização da saúde pública materno-infantil.

A unidade conta com uma equipe especializada para o procedimento

Fonte: AF Noticias