Em carta, ex-deputada Flordelis implora por ajuda e diz que está morrendo na prisão
A ex-deputada e pastora Flordelis, de 64 anos, condenada a 50 anos de prisão pelo assassinato do marido, Anderson do Carmo, publicou nesta quarta-feira (19) uma carta aberta em seu perfil no Instagram. No documento, escrito de próprio punho, ela descreve uma deterioração severa de sua saúde física e mental, solicitando um tratamento médico humanizado fora do ambiente prisional.
Condição de saúde de Flordelis
Desde sua chegada à Penitenciária Talavera Bruce, no Complexo de Bangu, Flordelis afirma enfrentar sérios problemas de saúde. Segundo seu relato, ela sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), um princípio de infarto, convulsões e episódios de desmaio que agravaram seu estado físico. “Estou me urinando toda”, escreveu a ex-pastora, enfatizando a gravidade de seus sintomas e a vulnerabilidade diante das condições prisionais.
A carta também menciona uma queda dentro da cela que resultou em ferimentos na cabeça e no rosto, fraturas e a quebra de dentes, dificultando a mastigação. Flordelis relata ter permanecido 10 dias em isolamento e só ter recebido assistência após desmaiar. Ao recuperar a consciência, encontrou-se com a testa sangrando e precisou se arrastar até a cama.
Impacto na saúde mental
Além das questões físicas, a ex-deputada relata uma piora significativa em sua saúde mental. Ela menciona ter sido diagnosticada com síndrome do pânico, fobia social e depressão, problemas que se intensificaram desde sua entrada na prisão. Flordelis também recorda um episódio de amnésia total ocorrido há 30 anos, nunca tratado adequadamente, e afirma atualmente sofrer alucinações, ouvindo vozes e vendo vultos.
Pedido de prisão domiciliar
A defesa de Flordelis, representada pelo advogado Renato Loureiro, argumenta que a prisão agrava seu quadro clínico e coloca sua vida em risco. “Flordelis está morrendo na prisão. Precisa sair urgentemente para se tratar com médicos particulares”, declarou Loureiro, reforçando o pedido de uma revisão das condições da ex-parlamentar.
O documento foi encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público e está anexado ao processo de execução penal. A carta gerou ampla repercussão nas redes sociais.
Fonte: AF Noticias