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Filha tem paternidade reconhecida na Justiça mesmo após morte do pai e realiza sonho

 Um sonho que resistiu ao tempo — e até à morte — finalmente se tornou realidade. Uma mulher de 35 anos conseguiu na Justiça o reconhecimento da paternidade do pai falecido, em uma decisão marcada por emoção e simbolismo. O caso foi conduzido pela 1ª Defensoria Pública Cível de Miracema do Tocantins, a 75 km de Palmas.

A história começou há mais de três décadas. A mulher contou que seus pais viveram em união estável no período de seu nascimento, mas se separaram logo depois. Por isso, foi registrada apenas com o nome da mãe. Ainda assim, manteve contato com o pai durante a infância — até que, com o passar dos anos, perderam o vínculo.

O reencontro entre pai e filha só aconteceu em 2001, graças às redes sociais. Ele morava em Miracema, e ela, em Cuiabá (MT). Desde então, os dois voltaram a se aproximar, e no início de 2025, ela decidiu se mudar para Miracema para ficar mais perto dele.

Mas o destino foi implacável. Pouco tempo após sua chegada, o pai sofreu um acidente doméstico e faleceu no hospital, antes que pudessem formalizar o reconhecimento da paternidade.

Mesmo diante da perda, a filha não desistiu do sonho que era compartilhado pelos dois: ver o nome do pai registrado em sua certidão de nascimento. Com o apoio da Defensoria Pública, ela ingressou com uma ação de reconhecimento de paternidade post mortem (após a morte).

A Justiça atendeu ao pedido e determinou a retificação do registro civil, incluindo o nome do pai e dos avós paternos.

“Pra mim foi um sonho realizado. Era um sonho meu e do meu pai ter o registro. Como perdi meu pai há pouco tempo, na Defensoria Pública me senti muito amparada por todos que trabalharam ali durante todo o processo”, relatou emocionada.

Para a Defensoria Pública, o caso representa mais do que uma vitória judicial — é o reconhecimento de uma identidade, de uma história e de um laço afetivo que sobreviveu às adversidades e ao tempo.

Fonte: AF Noticias