Novo secretário promete construir extensão de escola em aldeia de Santa Fé do Araguaia

Notícias do Tocantins – O novo secretário de Estado da Educação, Hercules Jackson, reuniu-se nesta quinta-feira (11/09) com representantes da aldeia Hawa-Tymyra e o procurador-chefe do Ministério Público Federal (MPF) no Tocantins, Álvaro Manzano, para discutir sobre a criação da extensão da Escola Indígena Waxiho Bedu na aldeia Hawa-Tymyra, localizada no município de Santa Fé do Araguaia, norte do estado.

Atualmente, as crianças da aldeia Hawa-Tymyra precisam se deslocar diariamente até a aldeia Kurehe, onde fica a sede da escola. A distância e as dificuldades logísticas motivaram a comunidade a se mobilizar pela construção de uma extensão, firmando acordo com o Governo do Tocantins. Segundo a Secretaria da Educação (Seduc), a autorização será oficializada após a entrega dos materiais e a organização do espaço escolar.

“Estamos garantindo uma extensão escolar para atender 20 estudantes da comunidade Karajá-Xambioá, assegurando uma educação indígena de qualidade, com equipamentos adequados e dentro da legislação. Essa ação reforça o compromisso do Governo do Tocantins com todos os tocantinenses”, afirmou o secretário Hercules Jackson.

Para Amaré Gonçalves Brito, diretor de Educação dos Povos Originários e Tradicionais da Seduc, a decisão atende a um pedido antigo. “A comunidade vinha solicitando a abertura dessa extensão desde 2023, e hoje conseguimos encaminhar todos os trâmites processuais. Em outubro, a aldeia receberá sua extensão escolar, que atenderá as crianças Karajá-Xambioá”, explicou.

O cacique da aldeia, Ruberval Karajá, descreveu a conquista como um marco para o povo. “Nossas crianças vão ficar mais perto da família para estudar. Esperamos muito por isso, desde o tempo do meu pai como cacique. Hoje nos sentimos aliviados e emocionados por essa conquista”, disse.

A Seduc informou que a nova extensão contará com equipamentos adequados e seguirá as normas de educação indígena, fortalecendo o acesso ao ensino dentro das comunidades tradicionais e respeitando suas especificidades culturais.

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