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Pai é condenado a quase 31 anos de prisão por estuprar e ter filho com a própria filha

Notícias de Araguaína  – A Justiça condenou um homem a 30 anos e 11 meses de reclusão por estupro de vulnerável cometido contra a própria filha, em Araguaína. O caso, investigado desde 2015, gerou indignação pela brutalidade dos abusos e pelo longo período em que o agressor permaneceu impune. A sentença condenatória foi proferida na terça-feira (9).

A denúncia surgiu após o Hospital e Maternidade Dom Orione informar ao Ministério Público do Tocantins (MPTO) o nascimento de um bebê de uma adolescente, levantando suspeitas de incesto. Exames de DNA confirmaram que o pai da criança era também o avô e uma investigação foi iniciada.

A vítima, então com 13 anos, revelou que sofria abusos desde os 9 anos, entre 2008 e 2015. Segundo relatos, o homem usava ameaças e manipulação emocional para manter o silêncio da filha, chegando a afirmar que os atos eram “para o bem dela” e que aquilo era “amor de pai”. Ele também a ameaçava, afirmando que, se ela contasse a alguém, “seria levada para um lugar onde crianças ficavam sozinhas”.

A prisão preventiva do acusado foi decretada em setembro de 2015, mas ele fugiu e só foi preso este ano de 2025, no estado do Pará. Agora, cumprirá a pena em regime inicial fechado.

O caso foi julgado no Juizado Especial de Combate à Violência Contra a Mulher de Araguaína. Por parte do Ministério Público, o processo foi acompanhado pelo promotor de Justiça Matheus Eurico Borges Carneiro, com as investigações, à época, tiveram a participação dos promotores de Justiça Sidney Fiori Júnior e Ricardo Alves Peres.

O caso, que corre em segredo de Justiça, ainda cabe recurso. A decisão é vista como um marco de responsabilização e evidencia a importância de fortalecer os mecanismos de proteção a crianças e adolescentes para prevenir crimes dessa gravidade.

Fonte: AF Noticias