Pobreza recua no Tocantins, mas 372 mil pessoas ainda vivem com menos de R$ 694/mês
Notícias do Tocantins – A pobreza no Tocantins registrou queda entre 2023 e 2024, mas ainda atinge uma parcela significativa da população. De acordo com a Síntese dos Indicadores Sociais (SIS), baseada nos parâmetros do Banco Mundial, 23,9% dos tocantinenses — cerca de 372 mil pessoas — viviam em 2024 com renda per capita inferior a US$ 6,85 PPC por dia (aproximadamente R$ 694 por mês). O número representa 69 mil pessoas a menos que no ano anterior.
A extrema pobreza (renda inferior a US$ 2,15 PPC por dia, ou R$ 218 mensais) também recuou: passou de 4,2% para 3,8%, uma redução estimada em 6 mil pessoas. Ainda assim, 60 mil tocantinenses permanecem nessa condição.
No cenário nacional, 8,6 milhões de brasileiros saíram da pobreza, enquanto 1,9 milhão deixou a extrema pobreza em 2024.
Sem programas sociais, extrema pobreza triplicaria no Tocantins
Os dados da SIS mostram o peso dos programas sociais no estado. Sem iniciativas como o Bolsa Família, a extrema pobreza no Tocantins saltaria de 3,8% para 10,3% — quase o triplo da taxa atual. A pobreza, por sua vez, subiria de 23,9% para 31,6%.
A manutenção dos valores do Bolsa Família em patamar superior ao período pré-pandemia, aliada à melhora do mercado de trabalho, foi fundamental para o recuo registrado. Enquanto a extrema pobreza é mais diretamente reduzida por benefícios sociais, a queda da pobreza mais ampla está ligada ao aumento da renda do trabalho.
Universalização escolar entre crianças e adolescentes
A educação no estado apresenta cobertura ampla. Em 2024:
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99,5% das crianças de 6 a 10 anos estavam na escola.
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Entre 11 e 14 anos, a taxa foi de 99,9%.
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A média geral dos 6 aos 14 anos ficou em 99,7%.
Na comparação entre redes de ensino, 91,4% dos estudantes do Tocantins estavam matriculados na rede pública, enquanto 8,6% frequentavam escolas particulares. Em Palmas, porém, a rede privada tem peso maior: 20,7% dos alunos da capital estudavam em instituições particulares.
No ensino superior ocorre uma inversão: 60,3% dos estudantes cursavam faculdades privadas, contra 39,7% nas públicas.
Estado tem 2ª maior taxa de analfabetismo do Norte
Entre pessoas de 18 a 25 anos, o tempo médio de estudo no estado chegou a 12 anos, ligeiramente acima da média nacional (11,9 anos).
Por outro lado, o Tocantins tem analfabetismo de 6,6% entre maiores de 15 anos — a segunda maior taxa do Norte, acima da média brasileira (5,3%).
Estado registrou 79 mil jovens “NENOS” em 2024
O levantamento mostra ainda que 79 mil jovens de 15 a 29 anos nem estudavam nem trabalhavam em 2024. Outros:
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100 mil só estudavam,
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167 mil estavam ocupados,
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54 mil conciliavam trabalho e estudo.
Menor taxa de desocupação da série histórica: 5,5%
O mercado de trabalho registrou melhora significativa. Em 2024:
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A desocupação caiu para 5,5%, a menor taxa desde 2012.
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O nível de ocupação ficou em 60,3%.
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A formalização alcançou 44,5%.
O estado contabilizou 754 mil pessoas ocupadas e 44 mil desocupadas.
O rendimento médio do trabalho principal foi de R$ 2.671, enquanto a média somando todos os trabalhos chegou a R$ 2.788. O ganho por hora trabalhada ficou em R$ 16,8 no emprego principal e R$ 16,9 considerando todas as atividades.
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Fonte: AF Noticias
