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​​​​​​​Policial civil preso com Eduardo Siqueira também passa mal e é levado à UPA em Palmas

O policial civil Marco Augusto Velasco Nascimento Albernaz, investigado por suposto envolvimento no vazamento de informações sigilosas do Superior Tribunal de Justiça (STJ), passou mal na madrugada desta quinta-feira (10) e precisou ser levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Sul, em Palmas. Ele está preso desde o dia 27 de junho, custodiado no alojamento do Comando-Geral da Polícia Militar.

Segundo a PM, o agente relatou um leve mal-estar e foi escoltado por militares até a unidade de saúde. Após atendimento médico, recebeu alta e retornou ao 6º Batalhão da PM. A causa do mal-estar não foi informada.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) reforçou que informações médicas são protegidas por sigilo e só podem ser repassadas a familiares autorizados ou responsáveis legais.

Marco Augusto foi um dos três alvos da nova fase da Operação Sisamnes, deflagrada pela Polícia Federal com autorização do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele, o prefeito afastado Eduardo Siqueira Campos (Podemos) e o advogado Antônio Ianowich Filho são suspeitos de integrar um esquema de acesso e disseminação ilegal de dados sigilosos de processos em andamento no STJ.

INFARTO DE EDUARDO SIQUEIRA

Na última terça-feira (8), o prefeito afastado Eduardo Siqueira sofreu um infarto enquanto também estava custodiado no quartel da PM. Submetido a um cateterismo de urgência, teve a principal artéria do coração desobstruída com a implantação de um stent coronariano. Ele segue internado na UTI do Hospital Geral de Palmas (HGP).

O diagnóstico foi de Infarto Agudo do Miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST (IAM sem supra). O quadro é estável, mas Eduardo permanecerá sob observação por até 72 horas, devido ao risco de arritmias graves.

Com base em laudos médicos, o STF autorizou a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar humanitária, mantendo medidas cautelares como afastamento do cargo, proibição de contato com investigados e de deixar o país.

Eduardo deixará a prisão, mas segue submetido a monitoramento e restrições judiciais.

OPERAÇÃO E REPERCUSSÃO

A Operação Sisamnes apura a existência de uma organização criminosa formada por agentes públicos, advogados e operadores externos, suspeitos de acessar e vazar informações sigilosas com o objetivo de proteger aliados e interferir em investigações.

A Secretaria da Segurança Pública informou que o caso do policial civil Marco Augusto está sendo acompanhado pela Corregedoria-Geral e que tomará todas as medidas administrativas cabíveis.

A defesa de Eduardo Siqueira voltou a afirmar sua inocência e disse que a próxima etapa será pleitear a revogação da prisão preventiva. A Prefeitura de Palmas reforçou que os fatos investigados não envolvem a atual gestão. Enquanto isso, o vice-prefeito Carlos Velozo (Agir) segue à frente da administração da capital.

Fonte: AF Noticias