BrasilDestaque

Prefeito contesta justificativa para demissões na Educação: ‘não condiz com a realidade’

Notícias do Tocantins  A decisão do Governo do Tocantins de encerrar mais de mil contratos temporários da rede estadual de ensino provocou reação em todo o estado. Em Lagoa da Confusão, o prefeito Thiago Lagoense (União Brasil) contestou a justificativa da Seduc e afirmou que, em seu município, a medida atingiu até servidores da escola da APAE. 

Segundo o gestor, a alegação de que os cortes afetaram apenas servidores excedentes “não condiz com a realidade” da unidade.

“O governo exonerou servidores da Apae, que é legalmente uma escola estadual. No entanto, é impossível falar em excedente, até porque a Prefeitura cede seis servidores para a Escola Especial. Se tem gente sobrando, por que o município precisa ceder servidores?”, questionou o prefeito.

Thiago Lagoense também afirmou que o município contribui financeiramente para a manutenção da Apae, o que reforçaria, segundo ele, a insuficiência de servidores estaduais na unidade.

“A Prefeitura ainda repassa R$ 60 mil por ano para a escola se manter. Além disso, cedemos servidores para a Adapec, Polícia Civil, Polícia Militar e até pagamos aluguel do Detran. São todos órgãos estaduais”, completou.

Extinção de contratos na rede estadual

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) publicou no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (4/7) a extinção de 1.127 contratos temporários e 14 cargos comissionados. Segundo a pasta, a medida tem caráter administrativo e busca otimizar recursos públicos sem comprometer o funcionamento das escolas.

De acordo com o secretário de Educação, Hércules Jackson, o levantamento técnico identificou “excedentes em alguns setores”, o que justificaria o corte.

“Identificamos situações em que havia servidores além do necessário, sem prejuízo para o funcionamento das escolas. Estamos promovendo uma reorganização que preza pela legalidade, pela economicidade e pelo interesse público”, afirmou o secretário.

A Seduc estima que a medida gere uma economia mensal de R$ 2,7 milhões, que será redirecionada a ações prioritárias, como manutenção das escolas e formação de professores.

Apesar da explicação do governo, as exonerações ocorreram a menos de dois meses do fim do ano letivo, o que gerou preocupação entre servidores e prefeitos do interior quanto à continuidade das atividades escolares.

Fonte: AF Noticias