Professores fazem nova paralisação por causa de lentidão no projeto do PCCR da Educação
A educação pública do Tocantins (Sintet) realizou nesta terça-feira (14), véspera do Dia do Professor, uma paralisação geral na rede estadual de ensino para cobrar do Governo do Estado o envio do novo Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) para votação na Assembleia Legislativa (Aleto).
De acordo com o Sintet, a paralisação foi um sucesso e teve adesão de norte a sul do Estado. “A categoria deu um recado claro ao Governo: não vamos aceitar o descaso com o nosso PCCR. Com mais de 90% das escolas paralisadas, nossa força provou que não há mais tempo para a ‘análise eterna’. Exigimos uma data firme para o envio do projeto à Assembleia”, cobrou o sindicato.
Com faixas, cartazes, bandeiras, carros de som e até carreatas, os atos públicos aconteceram em diversas cidades, entre elas: Araguaína, Augustinópolis, Tocantinópolis, Aguiarnópolis, Angico, Darcinópolis, Itaguatins, Luzinópolis, Nazaré, Palmeiras do Tocantins, Nova Olinda, Colinas, Pau D’Arco, Juarina, Palmeirante, Bernardo Sayão, Guaraí, Pedro Afonso, Colmeia, Goianorte, Couto Magalhães, Presidente Kennedy, Bom Jesus, Goiany dos Campos, Itacajá, Paraíso, Divinópolis, Araguacema, Lagoa da Confusão, Miracema, Dois Irmãos, Rio Sono, Miranorte, Rio dos Bois, Taguatinga, Dianópolis, Arraias, Novo Alegre, Paranã, Combinado, Porto Nacional e Pindorama.
Em Palmas, o protesto será conjunto entre as redes municipal e estadual, no Dia do Professor (15), com ato público na Avenida JK, às 9h. Na capital, os educadores também cobram da gestão municipal o pagamento do reajuste do Piso Nacional do Magistério e da data-base de 2024 e 2025, ainda não quitados.
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“Queremos a aprovação do PCCR já”
O Sintet afirma que o PCCR está parado na Secretaria da Casa Civil há mais de um ano e critica a morosidade do governo. O presidente da entidade, José Roque Santiago, disse que a categoria chegou ao limite da paciência.
“Temos mantido diálogo com a nova gestão, mas é impossível manter a paciência diante da lentidão com que o processo vem sendo conduzido. Queremos a aprovação do PCCR já!”, afirmou.
De acordo com o novo governo, sob o comando de Laurez Moreira (PSD), ainda é necessário “conhecer o plano” antes de avançar, mas o sindicato considera a justificativa insuficiente.
Segundo protesto do mês
Esta é a segunda paralisação realizada em outubro. No dia 1º, o Sintet já havia promovido uma mobilização estadual com o mesmo objetivo: pressionar o Executivo a encaminhar o projeto de lei à Aleto.
Entenda o impasse
A elaboração do novo PCCR começou em junho de 2024, com a criação de uma comissão composta por representantes do governo, da Secretaria da Educação (Seduc) e do Sintet. O texto final foi concluído em abril deste ano.
Após adiamento, o compromisso firmado ainda na gestão do governador afastado Wanderlei Barbosa (Republicanos) era enviar o projeto à Assembleia em setembro de 2025, com impacto financeiro estimado em R$ 150,5 milhões por ano.
Com o afastamento de Wanderlei e a posse do governador em exercício Laurez Moreira (PSD), o texto passou a ser reavaliado pela Casa Civil, onde permanece sem previsão de envio.
O Sintet afirma que não aceitará novos adiamentos e que manterá a mobilização até que o governo apresente um cronograma oficial para a tramitação do plano.
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Fonte: AF Noticias
