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Risco de colisão de asteroide com a Terra está praticamente zerado, diz NASA

A NASA atualizou as previsões de impacto do asteroide 2024 YR4 com a Terra, trazendo uma boa notícia: o risco de colisão foi praticamente zerado. Inicialmente, as chances de impacto chegaram a 3,1%, três vezes mais do que o estimado no momento de sua descoberta, em dezembro de 2024. No entanto, com novas análises e observações, o risco foi reduzido para apenas 0,0039%, um valor considerado insignificante pelos cientistas.

Qual o tamanho do asteroide 2024 YR4?

O asteroide tem um diâmetro estimado de 55 metros, o equivalente a um prédio de 18 andares ou à altura do Castelo da Cinderela, no Walt Disney World. Seu impacto, caso ocorresse, teria potencial destrutivo suficiente para devastar uma cidade inteira.

Descoberta e monitoramento do asteroide 2024 YR4

O asteroide foi identificado em 27 de dezembro de 2024 pelo Sistema de Último Alerta para Impacto de Asteroides com a Terra (ATLAS). No momento da descoberta, os cálculos indicavam uma possibilidade remota de colisão em 22 de dezembro de 2032. Normalmente, as probabilidades de impacto são mais altas no início das observações e diminuem conforme novos dados são coletados. Neste caso, porém, a probabilidade de impacto subiu de 1,2% para 3,1% antes de finalmente despencar para valores desprezíveis.

De acordo com Marcelo Zurita, especialista da Associação Paraibana de Astronomia (APA) e membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), essa queda na probabilidade já era esperada pelos cientistas. “A expectativa era que, até o final de março, todas as chances de colisão fossem descartadas, e os dados da NASA confirmaram isso antes do previsto.”

Asteroide ainda pode representar algum risco?

A expectativa é que os próximos monitoramentos confirmem definitivamente a segurança da Terra. Pequenas oscilações na estimativa podem ocorrer, mas sem risco significativo de impacto.

No entanto, a observação do asteroide está se tornando mais difícil. Segundo o portal EarthSky.org, o brilho do objeto está enfraquecendo, dificultando medições precisas de sua órbita. Em pouco mais de um mês, os astrônomos perderão sua visibilidade até 2028, quando ele voltará a ser detectável.

Atualmente, o asteroide está a cerca de 80 milhões de km da Terra e se desloca pelo espaço a uma velocidade de aproximadamente 48 mil km/h. Caso colidisse com nosso planeta, ele explodiria ao atravessar a atmosfera, liberando cerca de 8 megatons de energia. Esse poder destrutivo equivale a mais de 500 vezes a potência da bomba de Hiroshima.

Apesar de não ser forte o suficiente para gerar um evento global, o impacto em uma área habitada causaria destruição massiva. Por isso, o monitoramento contínuo desses objetos é essencial para a segurança do planeta.

Fonte: AF Noticias