Simed-TO critica desvalorização dos médicos em Palmas e defende a PEC do Teto Único

 No dia 18 de outubro o Brasil celebra o Dia do Médico, e o Sindicato dos Médicos do Tocantins (SIMED-TO) transformou a data em um ato de reivindicação por respeito e valorização profissional. Em sintonia com a campanha Outubro Branco, promovida pela Federação Médica Brasileira, a entidade destaca que o reconhecimento ao médico não pode se limitar a homenagens — deve se concretizar em condições dignas de trabalho e remuneração justa.

“Mais do que parabéns, o médico precisa de respeito. E respeito é um direito”, afirma o sindicato na nota.

Desvalorização em Palmas

O SIMED-TO chama atenção para a situação vivida pelos profissionais da saúde em Palmas, onde não existe um plano de carreira específico. Atualmente, os médicos da rede pública são enquadrados como “Analistas Técnicos em Saúde”, nomenclatura que, segundo a entidade, dilui as responsabilidades e a complexidade do ato médico, apagando o devido reconhecimento à profissão.

A ausência de uma carreira própria, alerta o sindicato, desestimula a permanência de profissionais na rede municipal, impede a progressão funcional e compromete a qualidade do atendimento à população.

PEC do Teto Remuneratório: valorização e justiça

No âmbito estadual, a principal bandeira da categoria é a aprovação da PEC do Teto Remuneratório, proposta que busca corrigir distorções salariais históricas que atingem médicos e outros servidores.

Hoje, o teto é vinculado ao subsídio do governador e impede que muitos profissionais recebam seus vencimentos integrais. Benefícios legais, como progressões e gratificações, acabam sendo anulados na prática, já que o valor que ultrapassa o limite é automaticamente retido pelo Estado.

“O que pedimos não é privilégio, mas o direito de receber o que foi conquistado com trabalho e dedicação”, reforça o SIMED-TO. A entidade sustenta que a PEC restabelece a segurança jurídica e garante a valorização efetiva da categoria, ao permitir que médicos e demais servidores recebam integralmente o que lhes é devido por lei.

Reconhecimento que se traduz em ação

O sindicato também faz um chamado à sociedade e aos gestores públicos para que o Dia do Médico não seja apenas simbólico, mas um ponto de virada na valorização do trabalho médico no Tocantins.

“Por trás de cada jaleco branco há um profissional que enfrenta jornadas exaustivas, toma decisões entre a vida e a morte e, ainda assim, precisa lutar pelo básico: um plano de carreira digno e o direito de receber seu salário integral”, ressalta a nota.

O SIMED-TO conclui conclamando o apoio à criação da carreira médica em Palmas e à aprovação da PEC do Teto Remuneratório único dos servidores estaduais.

“Mais do que moção de aplausos, o médico precisa ter acesso financeiro ao que lhe é de direito. Porque, para o médico, o melhor presente é o respeito — e respeito é direito.”