Uso de Ozempic explode, mas efeitos colaterais assustam; conheça os riscos!
Nos últimos anos, o Ozempic, cujo princípio ativo é a semaglutida, ganhou fama além de seu propósito original: tratar diabetes tipo 2. Celebridades e influenciadores têm destacado seu efeito colateral mais atraente — a perda de peso significativa — transformando-o em uma tendência para quem busca emagrecer. Mas será que usar Ozempic para esse fim é seguro? Faz mal à saúde? Neste artigo, exploramos como ele funciona, seus benefícios e os riscos associados.
O que é Ozempic e como ele ajuda a emagrecer?
Ozempic é um medicamento injetável da classe dos agonistas do receptor GLP-1. Ele imita um hormônio natural que regula o açúcar no sangue, aumenta a saciedade e reduz o apetite. Estudos clínicos, como os realizados para o medicamento Wegovy (uma versão da semaglutida aprovada especificamente para perda de peso), mostram que ele pode levar a uma redução de 10% a 15% do peso corporal em pessoas obesas ou com sobrepeso, quando combinado com dieta e exercício. No entanto, no Brasil e em muitos países, o Ozempic é aprovado apenas para diabetes tipo 2, e seu uso para emagrecer é considerado “off-label” (fora da indicação oficial).
Benefícios do Ozempic para perda de peso
Para quem tem dificuldade em perder peso por métodos tradicionais, o Ozempic pode ser uma ferramenta poderosa. Ele não só diminui a fome, mas também ajuda a controlar os picos de glicose, o que pode ser útil para pessoas com resistência à insulina. Pacientes relatam sentir menos vontade de comer alimentos calóricos, o que facilita a adesão a uma dieta mais saudável. Quando prescrito por um médico, geralmente é parte de um plano monitorado, o que aumenta sua segurança.
Os riscos e efeitos colaterais
Apesar dos benefícios, o Ozempic não é isento de riscos. Os efeitos colaterais mais comuns incluem:
- Náuseas e vômitos: frequentemente relatados no início do tratamento, mas tendem a diminuir.
- Problemas digestivos: diarreia, constipação ou dor abdominal podem ocorrer.
- Riscos graves: casos raros de pancreatite (inflamação do pâncreas), cálculos na vesícula biliar e alterações na tireoide foram associados ao uso de agonistas do GLP-1. Estudos em roedores sugeriram um risco aumentado de câncer de tireoide, mas isso não foi confirmado em humanos.
Além disso, o uso sem supervisão médica pode levar a problemas como:
- Desnutrição: A redução drástica do apetite pode causar deficiências de nutrientes.
- Interações medicamentosas: sem avaliação profissional, o Ozempic pode interferir em outros tratamentos.
- Efeito rebote: ao interromper o uso, o peso perdido pode voltar se não houver mudanças permanentes no estilo de vida.
Quem não deve usar Ozempic?
O medicamento é contraindicado para pessoas com histórico de câncer medular de tireoide ou síndrome de neoplasia endócrina múltipla tipo 2. Gestantes, lactantes e indivíduos sem indicação médica clara também devem evitá-lo. Para quem não tem diabetes, o uso “off-label” deve ser cuidadosamente avaliado por um especialista.
O veredicto: Faz mal ou não?
Ozempic não “faz mal” por si só, mas seu uso para emagrecer exige cautela. Quando prescrito e monitorado por um médico, os benefícios podem superar os riscos para pessoas com obesidade ou condições relacionadas. Porém, tomá-lo sem orientação, apenas por estética ou pressão social, pode trazer mais prejuízos do que vantagens. A perda de peso sustentável depende de um equilíbrio entre dieta, exercício e, em alguns casos, medicamentos — mas nunca de soluções milagrosas.
O Ozempic é uma ferramenta promissora, mas não é para todos. Se você considera usá-lo para emagrecer, o primeiro passo é consultar um médico. Ele pode avaliar se o medicamento é adequado para você, ajustar a dose e monitorar os efeitos. Emagrecer com saúde vai além de uma injeção — é um compromisso com o bem-estar a longo prazo.
Fonte: AF Noticias