Cadelinha Penélope sofre maus-tratos novamente após ganhar novo lar em feira de adoção
O que era pra ser uma nova vida cheia de amor e cuidados, transformou-se mais uma vez em dor e sofrimento para a cadelinha Penélope. A cachorra de porte médio já havia sido resgatada no ano passado em Araguaína. Depois de passar por reabilitação e cuidados médicos, foi colocada para adoção, mas precisou ser resgatada na noite desta terça-feira (6/5), após ser vítima de maus-tratos, novamente.
De acordo com a presidente do Instituto Mundo Animal, Roberta Vaz, a Penélope é de um caso de resgate feito pela Secretaria do Meio Ambiente e foi levada para uma clínica que tem parceria com o instituto para cuidar de animais resgatados. “Ela chegou como vítima de maus-tratos, com feridas pelo corpo, ficando por quatro meses até se restabelecer para ir para adoção. Ela foi castrada no centro de castração do município e fez todos os tratamentos que precisava”, explicou Roberta.
No dia 26 de abril, o Instituto Mundo Animal realizou uma feira de adoção para animais resgatados. Durante o evento, uma jovem adotou a cadelinha, assinando o termo de responsabilidade, porém, ela acabou entregando o animal para o namorado.
“No termo de adoção especifica que se passar para outra pessoa, tem que avisar ao instituto. O namorado e a jovem tiveram uma briga, e o animal possivelmente foi usado para fazer pressão psicológica”, informou a presidente do instituto.
Durante esse período, a veterinária que cuidou da cadela entrou em contato com a jovem para saber como ela estava, mas fora informada de que o animal teria morrido. Porém, depois, a jovem ligou dizendo que Penélope ainda estava viva. Com isso, o instituto faz contato com o namorado dela para entregar a cachorra.
Por volta das 19h30, a adotante entrou em contato com a médica veterinária dizendo que a cadelinha poderia ainda estar viva e que iria na casa do rapaz, pois nessa hora ele estaria na faculdade. Então ela foi até a casa dele, pegou a cachorra e a levou para a clínica Bichomania. A médica veterinária, Dra Luciane, ao ver a situação da cadelinha, imediatamente a levou para o consultório, e a sedou para realizar os procedimentos necessários, pois a mesma estava muito debilitada, magra e com dor.
“Ela não está bem, tudo está sendo feito para que ela sobreviva. Há suspeitas de abuso e o perito foi lá para tirar fotos da cachorra”, desabafou a protetora e presidente do instituto.
“Ao adotar, [a pessoa] precisa ter responsabilidade. Se tiver problemas de adaptação, o animal deverá ser devolvido ao instituto que realizou o evento de adoção”, explicou Roberta.
Fonte: AF Noticias