Japão prevê megaterremoto que pode matar 300 mil pessoas e causar prejuízo trilionário
Um relatório divulgado pelo governo japonês em 31 de março de 2025 trouxe números alarmantes: um megaterremoto na costa do Pacífico pode gerar prejuízos de até US$ 1,81 trilhão. Esse cenário catastrófico, previsto para a região do Nankai Trough, inclui tsunamis devastadores, colapso de construções e a possibilidade de cerca de 298 mil mortes. Saiba mais sobre essa ameaça iminente e seus impactos.
O que é o Nankai Trough e por que ele preocupa?
O Nankai Trough é uma zona de subducção de 900 km ao longo da costa sudoeste do Japão, onde a Placa do Mar das Filipinas pressiona a Placa Eurasiática. Especialistas estimam que as tensões acumuladas podem desencadear um megaterremoto de magnitude 8 a 9 a cada 100 ou 150 anos. Com uma probabilidade de 80% de ocorrer nas próximas décadas, o Japão vive em alerta constante.
Impactos econômicos e humanos do pior cenário
O relatório atualizado aponta um custo econômico de 270,3 trilhões de ienes (cerca de US$ 1,81 trilhão), quase metade do PIB japonês. Essa cifra supera a estimativa anterior de 214,2 trilhões de ienes, refletindo dados mais precisos sobre inflação, solo e áreas de inundação. Em um cenário extremo, com um terremoto de magnitude 9 acontecendo à noite no inverno, cerca de 1,23 milhão de pessoas – 1% da população – seriam afetadas, com até 298 mil mortes causadas por tsunamis e desmoronamentos.
Lições do passado: o terremoto de 2011
O Japão já enfrentou uma tragédia semelhante em 2011, quando um terremoto de magnitude 9 no nordeste do país gerou um tsunami que matou mais de 15 mil pessoas e causou o colapso de reatores na usina nuclear de Fukushima. Esse evento serve como um lembrete da vulnerabilidade do país, que está entre os mais suscetíveis a atividades sísmicas no mundo.
Alerta de megaterremoto: o que mudou?
Em 2024, o Japão emitiu seu primeiro alerta oficial sobre um possível megaterremoto no Nankai Trough após um tremor de magnitude 7,1 na região. O governo classificou o risco como “relativamente maior”, intensificando os preparativos. O novo relatório incorpora fatores como pressões inflacionárias e análises detalhadas de terreno, o que ampliou as áreas previstas para inundações.
Diante desse risco, o Japão revisa suas políticas de infraestrutura e energia. Recentemente, o país anunciou planos para mais que dobrar sua geração nuclear, buscando resiliência energética em caso de desastres. A combinação de tecnologia, planejamento e conscientização é essencial para minimizar os danos de um evento que, segundo especialistas, é apenas uma questão de tempo.
Fonte: AF Noticias