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PF faz buscas na casa do prefeito Eduardo Siqueira em nova fase da Operação Sisamnes

A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (30/5), a 9ª fase da Operação Sisamnes com o objetivo de aprofundar a investigação sobre o esquema criminoso de vazamento e comercialização de informações sigilosas de investigações presididas pela PF no Tocantins.

A residência do prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), foi alvo de busca e apreensão nesta nova fase da operação. A polícia ainda não revelou qual a suposta participação dele no esquema investigado. Eduardo assumiu o cargo de prefeito da capital em janeiro deste ano.

Além disso, a deflagração tem como objetivo apurar eventuais privilégios ilegais ou tratamento diferenciado dentro de presídio, concedidos a um dos investigados atualmente preso no âmbito da Operação Sisamnes. Esse caso diz respeito ao sobrinho do governador Wanderlei Barbosa, advogado Thiago Barbosa, que trabalhava no Ministério Público do Estado e tinha acesso privilegiado à tramitação das investigações.

Segundo as investigações, os alvos das operações teriam tido acesso antecipado a detalhes de operações policiais, comprometendo a eficácia das medidas judiciais que seriam implementadas.

Por determinação do ministro Cristiano Zanin  do Supremo Tribunal Federal (STF), são cumpridos três mandados busca e apreensão na capital, além da ordem de proibição de dois alvos de manterem contato e de saírem do país, recolhendo seus passaportes.

A INVESTIGAÇÃO 

A Operação Sisamnes investiga crimes de obstrução de justiça, violação do sigilo funcional, corrupção ativa e passiva. Em março deste ano, uma outra fase levou à prisão do advogado Thiago Marcos Barbosa. O governador Wanderlei Barbosa, apesar de citado na decisão do STF, não é alvo da operação.

Na época, o procurador de Justiça Ricardo Vicente da Silva, do Ministério Público do Tocantins (MPTO), foi alvo de buscas.

Conforme a PF, foi identificada uma rede clandestina de monitoramento, comércio e repasse de informações sigilosas sobre o andamento de investigações sensíveis supervisionadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O vazamento das informações acabava frustrando o andamento de operações policiais.

Fonte: AF Noticias