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Bolsonaro segue na UTI sem previsão de alta: quadro clínico exige cuidados intensivos

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, e ainda não tem previsão de alta. Segundo o último boletim médico divulgado no domingo (27), Bolsonaro apresenta estabilidade clínica e evolução favorável nos exames laboratoriais do fígado. No entanto, seu quadro ainda exige atenção contínua.

Estado de saúde: estabilidade, mas com limitações importantes

Apesar da melhora progressiva observada nos exames, Bolsonaro permanece sem alimentação por via oral. O suporte calórico e nutricional está sendo feito por via endovenosa, uma estratégia comum em casos em que o sistema digestivo não está funcionando adequadamente.

O hospital informou que persiste o quadro de gastroparesia, uma condição caracterizada pelo retardo do esvaziamento do estômago, dificultando a alimentação natural. Mesmo assim, foi observada uma evolução inicial: sinais espontâneos de movimentação intestinal começaram a surgir, o que pode ser um indício positivo para futuras melhorias. Contudo, no momento, ele ainda não reúne condições para se alimentar nem pela boca nem por sonda gástrica.

Procedimentos em andamento: fisioterapia e prevenção de complicações

Enquanto permanece na UTI, Bolsonaro está realizando sessões de fisioterapia motora, que visam preservar a mobilidade e reduzir os riscos de perda muscular durante a internação prolongada. Também estão sendo adotadas medidas para a prevenção de trombose venosa, uma complicação comum em pacientes imobilizados ou submetidos a cirurgias complexas.

Esses cuidados são fundamentais para reduzir riscos secundários que poderiam agravar ainda mais o quadro de saúde do ex-presidente. Na prática hospitalar, a fisioterapia precoce e a profilaxia para trombose são protocolos amplamente recomendados para pacientes em recuperação intensiva.

Entenda o que levou Bolsonaro à internação

A internação de Jair Bolsonaro ocorreu no dia 11 de abril, após ele passar mal durante uma agenda política no Rio Grande do Norte. Transferido para Brasília, foi submetido, em 13 de abril, a uma extensa cirurgia para desobstrução intestinal. Desde então, seu estado de saúde requer monitoramento contínuo na UTI.

Problemas intestinais têm sido recorrentes na vida do ex-presidente desde o atentado a faca que sofreu em 2018, durante a campanha eleitoral. O episódio causou danos significativos ao trato digestivo, o que explica a série de cirurgias e complicações enfrentadas nos últimos anos.

Quais são os próximos passos?

Embora a recuperação apresente sinais positivos, o processo de alta depende da retomada segura das funções gastrointestinais, especialmente a capacidade de Bolsonaro voltar a se alimentar por via oral. Segundo especialistas em gastroenterologia, casos de gastroparesia pós-operatória podem demandar semanas para resolução completa, variando conforme a resposta do organismo.

Ainda não foi divulgado um novo boletim que atualize a expectativa de alta. Enquanto isso, o ex-presidente seguirá recebendo cuidados intensivos, com monitoramento médico constante.

Referência: CNN

Fonte: AF Noticias