Foco do Brasil nas reuniões com China é reduzir burocracia regulatória; entenda
O principal foco do governo federal nas reuniões com autoridades do governo da China é reduzir a burocracia nos processos regulatórios de aprovação de novos produtos biotecnológicos, como sementes geneticamente modificadas ou alimentos com edição gênica.
Reuniões do grupo de trabalho de agricultura do BRICS
Integrantes de todos os países membros do BRICS se reúnem essa semana, em Brasília, para um encontro do Grupo de Trabalho de Agricultura, coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O governo do Brasil tem reuniões bilaterais com representantes dos países, com foco especial para a China. No próximo dia 22, o Ministério da Agricultura do Brasil se reúne com integrantes do GACC, o departamento alfandegário chinês, responsável pelas regras de importação.
Sincronização de processos regulatórios
“Alguém começa a desenvolver um protocolo para registrar um produto e isso demora tempo. No Brasil é muito rápido. Fica pronto, e, quando registra, eu preciso abrir o mercado para esse produto. Eles começam a registrar do outro lado do mundo e o processo demora lá. O produto está aqui na prateleira e não pode ser comercializado”, diz o ministro.
Com o termo de cooperação discutido, os dois países poderiam compartilhar informações técnicas e testes já realizados, o que agilizaria as análises dos órgãos chineses. Por exemplo, se já houver verificação no Brasil de que o produto não causa danos ao meio ambiente, esse dado poderia ser considerado pelas autoridades chinesas, encurtando prazos.
Ganhos tecnológicos e comerciais
O ministro também destaca que o sincronismo na aprovação de biotecnologias traria ganhos não apenas comerciais, mas também tecnológicos para o Brasil. “A China está evoluindo na edição gênica. E o Brasil tem muito interesse nisso. Então, na medida que eles estão pesquisando e protocolarem aqui no CTNBio, a gente começa a ter cooperação, para quando o produto ficar validado lá na China, com eficiência e segurança, podemos comprar aqui e utilizar essa tecnologia”, disse o ministro.
Impacto da guerra tarifária
A guerra tarifária entre Estados Unidos e China tem gerado um aumento das tarifas sobre produtos importados e exportados entre os dois países. Isso tem levado a uma reconfiguração das cadeias de suprimentos globais, com países como o Brasil potencialmente se beneficiando ao aumentar suas exportações para a China.
Benefícios da cooperação
A cooperação entre Brasil e China na área de biotecnologia pode trazer diversos benefícios, incluindo:
- Acesso a Novas Tecnologias: o Brasil pode se beneficiar do avanço chinês em edição gênica e outras tecnologias biotecnológicas.
- Aumento da Eficiência Regulatória: a troca de informações técnicas e a sincronização de processos regulatórios podem reduzir o tempo necessário para aprovar novos produtos.
- Ganhos Comerciais: a agilização dos processos regulatórios pode aumentar as exportações brasileiras de produtos biotecnológicos para a China.
Fonte: AF Noticias